Inflação fez investidor ‘sofrer’ bastante até maio; entenda

Diante da inflação persistente, os investidores têm enfrentado dificuldades. Em meio ao ciclo de alta da Selic, que começou em março do ano passado, poucos investimentos superam o IPCA, índice utilizado pelo Banco Central para balizamento da política monetária.

Inflação fez investidor 'sofrer' bastante até maio; entenda
Inflação fez investidor ‘sofrer’ bastante até maio; entenda (Imagem: Montagem/FDR)

Para controlar a Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, o Banco Central vem aumentando a taxa Selic. Atualmente, a taxa básica de juros está em 12,75% ao ano — e ainda existe a expectativa que seguirá aumentando.

De qualquer forma, o Brasil antecipou seu ciclo de aumento dos juros, e está mais próximo de finalizar o ajuste. O Itaú prevê que o fim do ciclo em 13,75% ao ano. Neste caso, ainda haveria mais duas elevações.

Ao Valor, a economista da área de estratégia de investimentos do Itaú Unibanco, Gina Bacelli, afirma que “a questão, agora, é quanto tempo a taxa vai ficar parada para levar a inflação para a meta. Atualmente, a projeção é que passe a haver corte nas taxas a partir do segundo semestre de 2023.

Segundo previsão do Valor Data, o IPCA de maio deve ser de 0,28%. No acumulado em cinco meses, o índice deve chegar a 3,87%.

O panorama de forte inflação tem impactado o ganho real de diversos investimentos — tanto em renda fixa quanto em renda variável.

Este cenário deve permanecer em junho. Além do Banco Central brasileiro, a correção da taxa de juros também deve ser promovida pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos).

Isso significa que a inflação continua como o grande fator de preocupação para manter o poder de compra e proteger a carteira de investidores.

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Desempenho dos investimentos descontando a inflação

Segundo compilado pelo Valor Data, estas foram variações das rentabilidades reais dos investimentos (descontando o IPCA), no acumulado deste ano até maio:

Renda Fixa

Renda Variável

*(1) taxa efetiva. (2) rendimento bruto do 1º dia útil do mês. (3) rentabilidade do 1º dia do mês – depósitos até 03/05/12. (4) rentabilidade do 1º dia do mês – depósitos a partir de 04/05/12

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Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
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