Preço dos alimentos mais que dobram com a inflação; veja o que cabe na mesa do brasileiro

Brasileiros precisam mudar a lista de compras com o avanço da inflação. Ir ao supermercado tem sido um grande desafio para parte significativa da população. Os dados do IBGE indicam que alimentos básicos como o feijão e arroz tiveram um crescimento de mais de 12%. Abaixo, veja o que vem substituindo.

Preço dos alimentos mais que dobram com a inflação; veja o que cabe na mesa do brasileiro (Imagem: Montagem/FDR)
Preço dos alimentos mais que dobram com a inflação; veja o que cabe na mesa do brasileiro (Imagem: Montagem/FDR)

O país está vivenciando uma das maiores crises econômicas das últimas décadas. Não há um item na feira que não tenha passado por reajustes de valores com o avanço da inflação. Atualmente, com R$ 100 um cidadão não consegue custear um prato feito, composto por arroz, feijão carioca, tomate, alface, alcatra, batata e ovos.

Brasileiro muda sua alimentação

No mesmo período em 2021, o valor dos itens acima ficaria em torno de R$ 85, sendo acima da média dos últimos cinco anos. No entanto, o que se pode perceber é que mensalmente os alimentos ficam ainda mais caros.

A inflação afeta diretamente a mesa do cidadão e também incomoda o comércio, tendo em vista que restaurantes e demais estabelecimentos de alimentação também passaram a ter suas despesas mais altas.

De acordo com os indicativos do IBGE, os preços gerais da economia subiram 12,13% nos últimos 12 meses, mas a alimentação no domicílio (que exclui comida comprada em restaurantes) subiu 16,12%. Somente nos últimos 30 dias, o valor dos alimentos e transportes responderam por 80% da alta geral dos preços no país.

O que substituir na lista de compras?

Sem a mínima previsão de melhoria e vivenciando um total descaso por parte do Governo Federal, não resta outra alternativa para o cidadão que não seja modificar e reduzir a sua lista de compras.

As carnes vermelhas passaram a ser substituídas por ovos e frangos que também estão mais caros que o normal. Nas saladas, todos os tubérculos estão inflacionados, fazendo com que esse tipo de alimento seja menos consumido.

A batata doce vem ocupando o lugar da batata inglesa, por ter um reajuste de 3,58 em comparação com os 63%.

Para os próximos meses, é esperado que os produtos se mantenham com uma variação de preços. De acordo com os economistas, o país está vivenciando um período de instabilidade política de modo que resulte no aumento da inflação.

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.