Planos de saúde devem ter um reajuste superior a 15%; confira

Os planos de saúde deverão ter um reajuste superior a 15% em 2022. O percentual elevado é uma tentativa de repor a margem negativa que prevaleceu em 2021, e agora, atingirá tanto os contratos individuais quanto familiares. 

O percentual máximo que poderá ser aplicado às mensalidades já foi fixado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), decisão devidamente publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 27. Esta será a maior taxa já aprovada pela agência. 

Até então, o maior percentual incidente sobre os planos de saúde foi de 13,57% em 2016, segundo os dados que apuram a série histórica da ANS, iniciada em 2000. Este reajuste será aplicado nos planos médico-hospitalares com aniversário no período de maio de 2022 a abril de 2023, contratados de janeiro de 1999 em diante ou que foram adaptados à Lei nº 9.656/98.

É importante explicar que o cálculo do reajuste anual considera as variações nas despesas com atendimento aos beneficiários, intensidade de uso dos planos pelos clientes, além da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Em 2021, foi estabelecido um reajuste negativo de -8,19% nos planos de saúde individuais em virtude da queda no uso dos serviços médicos em virtude da pandemia.

De acordo com a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), as despesas apuradas em 2021 superaram significativamente as de 2020. O resultado foi a taxa de ocupação hospitalar elevada. O motivo está atrelado a dois fatores principais.

O primeiro é o retorno gradativo dos atendimentos suspensos logo no início da pandemia, e o segundo consiste na segunda onda de infecções do novo coronavírus, que veio ainda mais forte do que a primeira. 

“Outros fatores que impactaram, foram a inflação mundial de insumos (materiais, equipamentos e medicamentos) e a alta exponencial do dólar, moeda atrelada a grande parte dos insumos médico-hospitalares utilizados no Brasil”, acrescentou a pasta em nota.

Para a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), o reajuste adequado seria de 15,7%.

De acordo com a entidade, o encarecimento dos mais variados itens, tais como o preço dos medicamentos e insumos médicos, a forte retomada dos procedimentos eletivos, junto ao impacto dos tratamentos da Covid-19 e a inclusão de novas coberturas obrigatórias nos planos de saúde impactam diretamente neste reajuste.

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Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.