Cafezinho mais caro: preço do pó de café sobe 60% em 12 meses; saiba o motivo

O tão querido café que faz parte do dia a dia dos brasileiros está cada vez mais caro. Nos últimos doze meses, segundo dados do IBRE-FGV, o preço do pó de café cresceu 62,36% no país. 

Se este resultado já parece elevado, de acordo com levantamento feito pela plataforma de investimentos no exterior, Skake, a alta nos preços fora do país foi ainda mais expressiva.

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE (uma das mais importantes  bolsas de valores dos Estados Unidos) sobem 71,12% em dólares. Já em reais a alta seria ainda significativa, já que o dólar sobe mais de 10% no ano.

“Problemas de logística na cadeia global e seca na região sudeste do Brasil, um dos principais produtores do mundo, foram os catalisadores dessa alta vigorosa”, disse Rodrigo Lima, analista de investimentos e editor de conteúdo da Stake. 

As razões para que o crescimento de preços no país não acompanhasse a alta internacional são um pouco mais complicados: “As companhias costumam utilizar os contratos futuros como ‘hedge’, travando uma cotação para garantir estabilidade de preços em períodos futuros e evitar repassar grandes flutuações de preço para os consumidores”, justifica o analista.

“Mas se a alta continuar, inevitavelmente isso vai chegar no consumidor final. Eventualmente os hedges vencem e você precisa fazer a rolagem dos contratos”, complementou.

Mesmo que esta alta no preço do café não seja algo agradável, ela foi sinônimo de oportunidade para alguns investidores: o JO, ETF que investe em contratos futuros da commodity, cresceu 65,6% nos últimos doze meses. “Os custos envolvidos na rolagem dos contratos futuros acaba fazendo com que o ETF não acompanhe 100% o preço do café, mas ele é a forma mais simples de se expôr à commodity”, disse o especialista.

Os principais analistas de mercado esperam que a recuperação do setor de logística no mundo ajude não apenas o café, mas sim, todas as commodities.

Stake

Fundada em 2017 na Austrália, a Stake é uma plataforma que conecta pessoas que estão fora dos EUA ao mercado de ações americano, levando a todos as oportunidades de Wall Street de forma rápida e descomplicada. 

Com mais de 350 mil clientes na Austrália, Reino Unido e Nova Zelândia, a plataforma chegou à América Latina em 2020 oferecendo atendimento em português, taxa zero de corretagem, sem investimento mínimo e acesso a mais de 6 mil ações e ETFs listados nas bolsas americanas, além da possibilidade de investir de forma fracionada, ou seja, comprar qualquer quantia em dólar de qualquer ação.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.