Após a entrega da Declaração do Imposto de Renda, muitos contribuintes ficam esperando para receber a restituição. Quando mais cedo enviar a declaração, mais rápido o contribuinte recebe o valor da restituição, que segue um calendário de pagamentos. Mas será que vale a pena antecipar o recebimento da restituição através de instituições financeiras que oferecem tal possibilidade?
Na verdade, esta antecipação oferecida pelos bancos nada mais é que um empréstimo pessoal, com incidência de juros. Sendo assim, só faça a antecipação caso tenha dívidas para pagar e os juros delas forem superiores que o dessa linha de crédito.
Caso contrário, aguarde a receita liberar o valor da restituição para somente depois pensar no que fazer com este dinheiro. Confira as taxas de juros cobradas.
Geralmente, os juros são inferiores aos cobrados por empréstimos pessoais tradicionais. Sedo assim, pegar este empréstimo pode ser uma boa saída para quitar uma dívida mais pesada.
Existe risco?
A data de pagamento do empréstimo é o mesmo dia em que a Receita Federal irá depositar a restituição ou a data de vencimento do contrato com o banco, o que acontecer primeiro.
O pagamento é efetuado de uma única vez, com juros cobrados pelo banco no período e IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
A questão é que a Receita pode não efetuar a restituição na data que você esperava, seja porque a declaração será restituída em outro lote ou por conta da malha fina, motivo ainda pior, uma vez que isto quer dizer que esse dinheiro vai demorar bem mais do que o esperado para entrar na conta.
O valor só será restituído após o contribuinte resolver todas as pendências com a Receita.
Caso isso aconteça, será preciso pagar o empréstimo de outra maneira e talvez até solicitar outro financiamento para pagar o primeiro, o que pode comprometer mais seu orçamento.
Para reduzir as possibilidades de cair na malha fina ou de ter que enviar uma declaração retificadora, é preciso prestar muita atenção na hora de declarar e evitar erros.