Novo investimento no pedaço: conheça o certificado de recebíveis da B3

De olho nos novos investimentos do pedaço, os investidores vão ouvir falar do certificado de recebíveis da B3. A novidade chega um mês após a publicação da Medida Provisória 1.103/2022 que garante novo marco regulatório da securitização.

A techfin VERT Capital presta serviços de securitização dentro do mercado financeiro, tendo estruturado o primeiro Certificado de Recebíveis (CR) registrado na B3. Na operação, foram captados R$ 25 milhões durante a última segunda-feira (9), o valor será utilizado na fomentação de projetos voltados para a educação.

O novo produto do mercado financeiro permite que empresas menores tenham acesso ao mercado de capitais. A expectativa é de que as fintechs sejam beneficiadas, assim como empresas do setor educacional.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD), Sandro Reiss, a novidade promove segurança e liquidez “A emissão de CRs no novo arcabouço regulatório é transformacional para oferta de crédito, nasce uma nova classe de ativos que é mais segura e líquida para investidores e uma nova forma de captação com grande potencial para fintechs e outros participantes do mercado”, explica.

Conheça o CR

O CR possui semelhanças com os já conhecidos Certificados Recebíveis Imobiliários (CRIs) e do Agronegócio (CRAs), sendo assim como estes, um título de dívida emitido por empresas, o diferencial é que o CR não conta com isenção fiscal.

Em termos de tributação, o CR segue a tabela regressiva do Imposto de Renda fixa, assim como os fundos e CDBs. Os CRs são opções mais simples e baratas. 

Para a B3, uma das sócias fundadores da VERT Capital, Victoria de Sá, contou que a emissão se trata de um marco e que qualquer segmento irá se beneficiar do novo tipo de financiamento. “Com essa nova MP, poderemos fomentar diversos mercados e não apenas os setores de agronegócio e imobiliário que já possuíam o CRA e o CRI. Isso democratiza o acesso ao mercado de capitais sem abrir mão da governança. Conseguimos fazer operações que partem de menos de R$1mm até mais de R$1bi usando o mesmo instrumento, o que mostra o potencial desse mercado”, afirmou.

O diretor de Produto, Balcão e Novos Negócios da B3, Fábio Zenaro, afirma: “A criação desse instrumento representa mais um avanço importante para o nosso mercado de capitais. De um lado, ele contribui para a modernização do ambiente de negócios e, do outro, fortalece as operações de crédito e possibilita a redução de custo de captação aos emissores” e completa dizendo que “viabilizar essa primeira emissão, com tanta celeridade, reforça nosso compromisso em otimizar e agilizar entregas ao mercado”.

 

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Hannah Aragão
Graduanda em jornalismo pela Universidade Federal de Pernambuco, a UFPE. Atuei em diferentes áreas da comunicação, como endo marketing, comunicação estratégica e jornalismo impresso. Atualmente me dedico ao jornalismo online na produção de matérias para o FDR.