Um dos assuntos mais comentados nesta semana foi a compra da rede social Twitter pelo empresário Elon Musk. Esta transação que custou US$44 bilhões pode ser mais um passo na mudança do Twitter no caminho da “liberdade de expressão”, logicamente, na visão de Elon. Porém, os objetivos da empresa são os de crescer as receitas e fazer com que o twitter finalmente registre lucros anuais.
Nesta quinta, 28, deve ser revelado o balanço do primeiro trimestre, porem, os números obtidos no ano passado já são um indicativo do que Elon Musk pode esperar da rede social. Em 2021, a empresa teve um prejuízo líquido de US$ 221,4 milhões, ante perdas de US$ 1,1 bilhão registradas em 2020.
O crescimento das receitas foi um dos motivos que aliviou os resultados negativos, subindo US$3,7 bilhões, indo para US$ 5,1 bilhões na mesma comparação.
Esta sem dúvida é uma queda importante, porém, que não revela toda a história. Ao levar em consideração somente o quarto trimestre, o Twitter teve seu lucro líquido reduzido de US$ 222,1 milhões para US$ 181,7 milhões. O resultado é ainda mais impactante, quando se enxerga que a receita engordou 21,6% em comparação a 12 meses antes, alcançando US$ 1,6 bilhão.
No entanto, o crescimento de 35% nos gastos gerais consumiu uma parcela significativa da receita, a ponto de deixar o lucro operacional ficar abaixo do registrado em 2020.
Tentativa de diminuir dependência de publicidade
Ao analisar somente o quarto trimestre do ano passado, 85% da receita da empresa foi proveniente de publicidade. Os outros 15% foram oriundos de licenciamentos, assinaturas e outras fontes. Até o próximo ano, o Twitter quer alcançar uma receita de US$ 7,5 bilhões por ano, dos quais, somente 50% devem vir do mercado publicitário.
Como forma de conseguir atingir este objetivo, a nova controladora de Elon Musk irá investir em diversas frentes. O foco principal será o de crescer a quantidade de usuários ativos monetizáveis diários (mDAU, na sigla em inglês).
O Twitter fechou o quarto trimestre com uma média de 217 milhões de usuários ativos por dia, especialmente concentrados nos Estados Unidos. Somente 38 milhões de usuários ativos não eram norte-americanos.