Compra de ônibus escolares é suspensa pelo TCU; descubra o motivo

Ministério da Educação é novamente alvo de uso indevido da verba pública. Nessa semana, o TCU (Tribunal de Contas da União) suspendeu a homologação de uma verba destinada para a compra de 3.850 ônibus escolares. O valor seria custeado pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), mas apresenta indícios de sobrepreço. Entenda.

Os ministérios do governo Bolsonaro permanecem envolvidos em polemicas sobre o uso indevido da verba pública. Após a identificação de desvio de dinheiro para a aquisição de bíblias, a equipe de educação vem sendo acusada de fraudar os valores dos preços dos ônibus.

Licitação dos ônibus são fiscalizadas

Foi elaborado um texto solicitando a quantia de R$ 2.045 bilhões que seriam utilizados para comprar cerca de 3 mil ônibus públicos. O valor, no entanto, tem sido apontado como muito maior que o necessário para o financiamento da proposta.

Diante do caso, o ministro do TCU, Walton Alencar Rodrigues, publicou a suspensão do repasse financeiro. Cada ônibus teria sido negociado por um preço de R$ 480 mil, porém a avaliação com o mercado real é de R$ 270. Ou seja, há aproximadamente R$ 1.3 bilhão acima da média necessária, representando um aumento de 55%.

“De fato, há toda uma série de fatores importantes, pendentes de comprovação, que podem ter influenciado no preço dos veículos, os quais precisam ser devidamente esclarecidos pelo FNDE”, escreveu o ministro do TCU em sua decisão.

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“Contudo, lastimavelmente, tal medida não restou implementada até o final do dia, impedindo que o TCU avaliasse, adequadamente, os preços de referência do certame”, explicou Rodrigues.

“Tendo em vista que o certame será realizado nas próximas horas, há evidente risco de ineficácia da decisão de mérito, a caracterizar o perigo da demora. Sobretudo por tratar-se de tema que suscita interesses variados, relativamente ao qual já foram protocolados, na Secretaria do TCU, pelo menos outras duas representações similares à presente. Considero, portanto, presentes os pressupostos para a concessão da medida cautelar”, concluiu.

Lista dos modelos apontados no edital

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Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
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