Aproximadamente um milhão de estudantes possuem parcelas em atraso relacionadas ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Agora, o Governo Federal concede a esses inadimplentes a chance de renegociar as dívidas e restabelecer o crédito positivo.
Para isso, foram disponibilizados alguns canais de renegociação para as dívidas do Fies. De acordo com o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes da Ponte, a dívida soma cerca de R$ 9 bilhões se tratando apenas de parcelas em atraso.
Já o saldo devedor integral é de R$ 38,6 bilhões, justamente o saldo que o Governo Federal tenta recuperar através do programa de renegociação de dívidas. O período de negociações teve início no dia 7 de março e vai até 31 de agosto. Mas para adquirir o direito de participar do programa, é necessário possuir dívidas em atraso por mais de 90 dias junto ao Fies.
Os descontos variam entre 12% a 92%, junto a planos de parcelamento que podem chegar a 150 parcelas. Se tratando de dívidas com mais de 360 dias de atraso, a Medida Provisória viabiliza descontos de até 86,5%, também com o benefício da exclusão dos encargos.
Na circunstância do estudante inscrito no Cadastro Único (CadÚnico) e que tenha sido beneficiário do auxílio emergencial, o desconto na dívida do Fies poderá chegar a 92%. Ainda haverá a possibilidade de o saldo remanescente ser parcelado em até dez vezes com parcelas no valor mínimo de R$ 200.
Segundo informações do MEC, existe um total de 2,6 milhões de contratos ativos firmados até o ano de 2017, além de dois milhões em fase de amortização, cujo saldo devedor consiste em R$ 87,2 bilhões.
De acordo com o Governo Federal, cerca de 548 mil estudantes estão inadimplentes, compondo o grupo de 92% de desconto. No que compete aos demais, os descontos são de 86,5% envolvendo a participação de 524,7 mil estudantes.
Estudantes inadimplentes pelo Fies que estejam interessados em renegociar a dívida, podem fazer uma simulação para verificar quais seriam as condições da negociação, além de firmar contratos inteiramente digitais, basta acessar os portais da Caixa Econômica e Banco do Brasil.