Brasileiro cai em golpe do ‘falso estágio’ em Londres e perde R$ 28 mil; saiba mais

Jovem de Santa Catarina caiu em falso estágio que prometia a oportunidade de estudar em Londres. O brasileiro chegou a ser alertado, mas acabou vendendo seus bens e ficando com prejuízo.

Taillon Janiel é um jovem de 31 anos natural da cidade de Rio do Sul, cidade de 61 mil habitantes em Santa Catarina, com o sonho de morar fora do Brasil, ele acabou caindo em um golpe.

O clima era de despedida, com Tailon se preparando para o estágio de 6 meses em Londres, mas, o sonho foi frustrado quando ele descobriu que havia caído em um golpe e perdido cerca de R$ 28 mil.

Golpe do falso estágio

O jovem encontrou a vaga através de pesquisa no Google, segundo o anúncio, a Continental AG, empresa multinacional de pneus, estava em busca de estagiários com oferta de um salário de aproximadamente R$ 15 mil por mês.

“Eu tinha me inscrito num processo de estágio da Continental AG. Depois de certo tempo, eu recebi e-mail dizendo que fui pré-aprovado para o processo de seleção. Foi quando iniciou o golpe“, disse Taillon À BBC News Brasil.

Procurada pela BBC News Brasil, a Continental informou que teve seu nome “usado indevidamente por criminosos” e disse que “a fraude de recrutamento é um fenômeno global”.

O jovem que chegou a fazer empréstimo e vender carro para pagar R$ 28 mil acreditava se tratar de uma oportunidade verdade.

Pois, já havia participado de um programa de estágio semelhante em uma empresa na Lituânia; no entanto, foi alertado pela família e amigos quanto a um possível golpe.

“Meus pais e amigos já tinham me avisado que poderia ser um golpe. Mas eu estava com aquele brilho da coisa e não conseguia enxergar dessa maneira. Eu só enxergava aquilo como uma oportunidade de poder trabalhar fora, melhorar meu currículo. Eu não desconfiava”, disse ele.

Logo após descobrir o golpe, Taillon foi orientado por uma advogada a registrar um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima, no entanto, nenhum suspeito foi identificado pela polícia.

O jovem precisou modificar a sua vida para conseguir se restabelecer e chegou até mesmo a abrir mão da administração de uma empresa que tinha em seu nome.

“Ainda estou lutando com o que aconteceu. Hoje, consigo falar um pouco sobre a situação. Mas eu remanejei toda a minha vida. Eu tinha contratado uma pessoa para ficar no meu lugar na minha empresa durante esses seis meses. Procurei um trabalho fora porque seria injusto tirá-la do cargo, com dois filhos, porque eu fui enganado”, explicou.

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Jamille Novaes
Baiana, formada em Letras Vernáculas pela UESB, pós-graduada em Gestão da Educação pela Uninassau. Apaixonada por produção textual, já trabalhou como corretora de redação, professora de língua portuguesa e literatura. Atualmente se dedica ao FDR e a sua segunda graduação.