Calma investidor! Não é hora de trocar de investimentos e sim aproveitar as oportunidades que já surgiram e ainda irão surgir, tanto em renda varável quanto em renda fixa.
Os impactos das tensões entre Rússia, Ucrânia e Estados Unidos, geram pontos mais positivos do que negativos para investirmos no mercado interno e externo. Abaixo simplificamos a história e tranquilizamos os investidores:
Investir no Exterior
É sempre importante o investidor Brasileiro aproveitar para investir nas maiores empresas do mundo nos Estados Unidos, com a atual queda do dólar, fica ainda mais vantajoso investir lá fora.
Mesmo que ações das empresas americanas possam correr mais riscos neste curto prazo (segundo a RBC Capital Market, as bolsas dos Estados Unidos podem cair até 20% por causa dos conflitos) do que as empresas brasileiras, proteger nossa carteira de investimentos em um ano que tende a ser conturbado por aqui, no segundo semestre, por causa das eleições, é fundamental. A diversificação é o melhor mecanismo para reduzirmos riscos.
Investir nas maiores empresas do mundo, e com o dólar mais baixo, é oportunidade para o investidor de médio e longo prazo.
Para quem já investe no mercado americano, não é momento de vender ações na baixa e sim de aumentar a posição. O que importa são os fundamentos das empresas, que já passaram por inúmeras crises e continuam crescendo.
Alta de preço de combustíveis
Um dos maiores produtores de petróleo do mundo, a Rússia poderia, em meio a uma guerra, interromper o fluxo do produto, o que faria o preço do produto subir ainda mais, seria ruim para a inflação, pois além de pagarmos mais caro em etanol, gasolina e outros combustíveis, os preços dos produtos que dependem do transporte, também iriam subir.
Quem se beneficiaria?
As ações da Petrobras que passaria a preencher um espaço deixado pela Rússia. Aumento de demanda como já sabemos, significa aumento de preços.
A taxa de juros poderia subir ainda mais na tentativa de controle da inflação, logo os investimentos de renda fixa, se beneficiariam.
Alta de preço dos produtos agrícolas
Seguindo o mesmo raciocínio da escassez de produtos, a Ucrânia é responsável pela produção de 13% do milho e 7% do trigo mundial. Algumas empresas Brasileiras podem se beneficiar parar suprir a demanda de milho e outras podem se prejudicar devido à falta de trigo.
A M. Dias Branco (MDIA3), detentora de marcas conhecidas como Adria e Piraquê, seria impactada negativamente por causa do trigo, mas levando em consideração que a ação caiu mais de 8% somente em 2022, não vejo um grande risco do investidor de longo prazo comprar as ações, se ocorrer uma nova queda, dependendo do momento do mercado, compensaria fazer novos aportes na empresa.
Já a SLC Agrícola (SLCE3) que produz milho em grande quantidade, pode se beneficiar, mesmo assim as ações caíram mais de 3% nos últimos 30 dias. Enxergo um risco de curto prazo, menor do que as ações da M. Dias Branco.
Alta da bolsa de valores
A nossa bolsa de valores está em alta, pois investidores estrangeiros estão investindo pesado por aqui. Motivo: Está menos arriscado investir no Brasil do que em outros países emergentes. Outro fator que pesa em favor da alta da nossa bolsa de valores é o aumento de lucro das empresas brasileiras ser maior do que a queda das ações no último semestre de 2021, o mercado enxergou que houve um pessimismo exagerado contra nossas empresas.
Independente de oportunidades pontuais, somente a diversificação diminui os riscos de uma carteira de investimentos. Inflação, juros, dólar, oferta e demanda beneficiam e prejudicam empresas, nunca é repetitivo dizer para o investidor não colocar todos os ovos em uma única cesta.
Que acima de tudo, não ocorra uma guerra, há muitas vidas em jogo. Os possíveis ganhos nos investimentos não são mais importantes do que vidas e paz.
Um forte abraço e bons investimentos!