Nesta quinta-feira (27), o Banco Inter (BIDI4) anunciou que a BlackRock passou a deter 5,05% das ações de emissão da instituição. Agora, a BlackRock possui, de forma agregada, 64.874.119 ações preferenciais. Diante deste anúncio, as ações do Banco Inter dispararam na bolsa de valores.
A BlackRock ainda informou que o intuito das participações societárias é estritamente de investimento. Não há o objetivo de modificar o controle acionário ou da estrutura administrativa do Banco Inter.
Pela BlackRock, não foram fechados quaisquer acordos ou contratos que regulem o exercício de direito de voto ou a compra de valores mobiliários emitidos pela fintech.
Ao Money Times, o analista da Mirae Asset, Pedro Galdi, afirmou que, nos últimos dias, o valor das ações do banco foi grandemente impactado pelas decisões do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) e pelo caso do grande acionista do Leblon.
Nesta quarta-feira (26), em decisão sobre a política monetária norte-americana, indicou uma alta de juros — de até 0,25% em março. Galdi entende que essa questão tem sido refletida negativamente nos valores das correlatas do país.
Além disso, na última semana, o investidor Flávio Calp Gondim, conhecido como “Monstro do Leblon”, anunciou que diminuiu sua participação no Inter para 3,94% das ações. Por conta disso, o analista afirma que isso causou muita volatilidade.
Ações do Banco Inter (BIDA4) disparam após comunicado
No fechamento desta quinta, as ações preferenciais do Inter tiveram aumento de 6,31%, a R$ 8,59. Apesar disso, no acumulado anual, os papéis da instituição já registram queda acima de 10%.
As units do Banco Inter (BIDI11), por sua vez, registraram alta de 6,28%, a R$ 25,72 nesta quinta. No acumulado anual, contudo, a desvalorização chega a quase 10%.
Ao considerar esse panorama de valores descontados, os analistas do BTG Pactual enxergam oportunidade para que as units chegam a R$ 36 nos próximos 12 meses. O preço-alvo foi indicado em relatório de equity research, divulgado no dia 19 deste mês.
Conforme o analista da Mirae Asset, a participação de 5%, por parte da BlackRock, é um drive positivo. Segundo ele, isso chama a elevação da unit. Flavio indica compra para os papéis do banco digital. Contudo, ele alerta que a volatilidade “vai prosseguir”.