O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil poderá ser um dos mais fracos do mundo neste ano. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o desempenho, do PIB em 2022, deve ser o 3º pior do mundo. Dos 173 países apurados, o Brasil deve estar à frente apenas da Guiné Equatorial e Mianmar.
A entidade informa que a economia brasileira terá um crescimento de 0,5% neste ano, em relação ao ano passado. Os dados foram divulgados por meio do Departamentos Econômico das Nações Unidas, nesta quinta-feira (13).
Em comparação ao último informe da ONU, divulgado no ano passado, houve uma redução de 1,7 ponto percentual na estimativa.
Se por um lado a entidade diminuiu a projeção para o Brasil, houve uma elevação para o restante do planeta. Segundo o levantamento recente, a entidade prevê que a economia global terá um crescimento médio de 4% em 2022.
PIB em 2022 do Brasil deve ser menor do que a média na América Latina
Segundo a ONU, na América Latina, o desenvolvimento econômico médio deve ser de 2,2% — também acima do estimado para o Brasil. Ao considerar os países ricos pelo mundo, há uma previsão de expansão de 3,7%.
No resto do planeta, a organização afirma que a retomada econômica ainda enfrenta as incertezas da pandemia de covid-19. Outros problemas citados foram o impacto da nova variante ômicron, os desafios no mercado de trabalho e a pressão inflacionária.
Além disso, os bancos centrais mundiais ainda devem passar a retirar os pacotes de auxílio — criados para lidar com o panorama adverso. Desse modo, as medidas podem resultar em mais dificuldades.
A ONU avalia que o resultado fraco do Brasil tem, em parte, relação com a perda de força das commodities.
Mesmo que os exportadores de commodities da América do Sul tenham liderado a retomada na pandemia da região, a agência informa que suas perspectivas de desenvolvimento para 2022 e 2023 são reduzidas.
A entidade alega que, de modo geral, a recuperação da América Latina não vem sendo suficiente para reverter os prejuízos da pandemia, “que empurrou milhões para fora do trabalho e para a pobreza”.