Existe um consórcio exclusivo para mulheres, que concede a possibilidade de realização de cirurgias e até festas. Essa é a proposta da Eutbem, a primeira fintech digital voltada para mulheres.
A empresa busca ampliar o acesso das mulheres brasileiras para esse tipo de serviço, ajudando no financiamento desde festas de 15 anos até cirurgias plásticas, viagens e reformas.
Esses planos incluem ainda trazer mais diversidade de oferta por meio de soluções inovadoras, tirando das mãos dos grandes bancos e conglomerados financeiros a concentração da venda de consórcios.
Hoje, 35% dos contratos de consórcios são assinados por mulheres,de acordo com a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (Abac).
Em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a sócia-fundadora e CEO da fintech, Cristina Famano disse que a intenção é dar acesso ao crédito para mulheres, ajudando elas a conquistar sua independência financeira.
Para a inclusão desse público feminino, Eutbem aposta na oferta de lançamento com taxa zero até a contemplação, sem cobrança retroativa. Depois da contemplação, a taxa mensal é de 0,5% do crédito. As cartas variam de R$ 15 mil a R$ 30 mil, com parcelas a partir de R$ 375,00 e prazo de 30 a 40 meses de duração.
O primeiro consórcio da empresa já está em operação e teve recentemente sua primeira premiada. Com o dinheiro do consórcio, a ganhadora presenteou a filha com uma festa de 15 anos.
Um outro diferencial deste consórcio citado pela executiva para transformar é o menor tamanho dos grupos, com cerca de 100 mulheres, o que aumenta a probabilidade de serem sorteadas.
Cerca de 85% dos consórcios de serviços estão nas mãos do Banco do Brasil e do Sicredi, enquanto outros grandes pares atacam tíquetes mais altos e atuam em outros nichos, como de imóveis, que chegam a 200 meses.
Nova forma de consórcio
O modelo de consórcio, surgiu no Brasil na década de 60 e mudou muito pouco de lá para cá.
De acordo com a Eutbem, o foco do setor segue nas vendas presenciais, com modelos de contratação e cobrança complexos. Ainda assim, representa 3,9% do PIB brasileiro, totalizando R$ 289 bilhões de ativos no ano passado.
O modelo “full digital” é a estratégia da fintech para entrar nessa onda. A empresa criou do zero seu próprio software para simplificar a contratação, com múltiplos canais de compra.