No ano que vem, o PIB mundial deve ultrapassar os US$ 100 trilhões. É a primeira vez que isso acontece. Apesar disso, a China vai demorar mais tempo para superar os Estados Unidos como a maior economia do mundo do projetado anteriormente, segundo um relatório.
A tabela da Liga Econômica Mundial de 2021, que foi desenvolvida pelo Centro de Economia e Pesquisa Empresarial (Cebr), aponta que o principal fator para o crescimento será a sólida recuperação após a pandemia do novo coronavírus.
Porém, se continuar com uma inflação persistente, a consultoria britânica acredita que os órgãos encarregados das políticas monetárias devem enfrentar dificuldades para evitar que as economias dos países voltem ao patamar de recessão que entraram durante a pandemia.
O vice-presidente do Cebr, Douglas McWiliams disse que em 2020 as economias mundiais enfrentam a inflação e que estavam esperando ajuste para colocar os elementos não transitórios sob o controle. Se isso não acontecer, o mundo deve se preparar para uma recessão nos anos de 2023 e 2024.
PIB Brasileiro
O Cebr projetou que nos próximos 15 anos, haverá um crescimento tímido no país, saindo do 11ª economia mundial, em 2021 e 2022, para a 9ª posição, em 2036, ou seja, subindo duas posições. O relatório prevê aumento de 5% no PIB brasileiro neste ano e de 0,98% para 2022.
Porém, no acumulado pode mudar por conta da instabilidade política, inflação alta e a recessão enfrentada desde o terceiro trimestre. Além disso, apontou as dificuldades que podem ser enfrentadas pela economia brasileira no ano que vem.
Um dos principais desafios para a economia será equacionar inflação e taxa de juros altas com a baixa confiança de negócios e consumidores.
Assim como as eleições presidenciais que vão acontecer em 2022, fará parte de um episódio turbulento para a economia. Por outro lado, o avanço da vacinação e a retomada do ciclo das commodities podem alavancar o crescimento do PIB brasileiro.
Neste cenário de insegurança, o documento cita uma lenta recuperação da contratação de dívida pública para implementar ações de combate à pandemia em 2020, que chegou a 98,9% no ano passado e fecha 2021 em 90,6% do PIB. No médio prazo, o centro projeta dívida pública chegando a 92% da produção interna.