Inflação: supermercado é onde o brasileiro mais sente; confira dicas para economizar

Pontos-chave
  • Inflação reflete no consumo de alimentos de grande parte da população
  • Gastos com comida e bebida foram os que mais cresceram 
  • Compra de um imóvel próprio é o maior desejo dos brasileiros entrevistados

O ano deve chegar ao fim com a inflação em dois dígitos, a 10,2%, de acordo com a estimativa do mercado. Por conta disso, no decorrer deste ano, a cesta de produtos e serviços que mensura o quanto os produtos ficaram mais caros subiu cerca de 10% em média.

Claro que nem todos os consumidores sentem o aumento de preços da mesma forma, porém, a grande parte da população viu a inflação refletir em seu consumo de alimentos. É o que revelou o Radar Febraban, pesquisa realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

A pesquisa mostrou que 69% dos entrevistados disseram que o aumento nos preços refletiu diretamente em sua alimentação e também na compra de outros produtos de abastecimento doméstico. Outros 42% afirmaram que o impacto mais relevante foi no preço dos combustíveis. 

19% dos entrevistados na pesquisa disseram que a inflação é sentida especialmente no pagamento de serviços de saúde e remédios. Outros 8% afirmaram que sentem os reflexos da inflação nos juros do cartão de crédito. 6% falaram da passagem do transporte público, 5%, no pagamento de serviços de educação, como escolas ou universidades  e 4%, na compra de veículos e imóveis.

Também foi perguntado na pesquisa o que os brasileiros queriam fazer se tivessem em uma melhor situação financeira. A compra de um imóvel foi a resposta principal dos participantes, representando 35% deles. A Febraban informou que esta porcentagem é a mais alta desde o início da série histórica da pesquisa. 

Na sequência, aparecem os investimentos bancários, falado por 22%, reforma da casa e a aplicação na caderneta de poupança, apontando por 18% cada um.

Por fim, 17% disseram que fariam investimentos em educação pessoal e familiar, 13%, contratariam ou melhorariam o plano de saúde, 10% investiriam em viagens; 7% comprariam carro, 3% comprariam moto e 2% comprariam eletrodomésticos e eletrônicos.

Gastos com comida e bebida foram os que mais cresceram

Durante a pandemia, os gastos dos consumidores em varias categorias cresceram acima da inflação entre os meses de janeiro e novembro de 2021. O setor de comidas e bebidas teve a maior alta, crescendo 49%. Os dados foram obtidos em um levantamento realizado pela Olivia, assistente financeira que possui 23 mil usuários do aplicativo.

Quer economizar nas compras? confira dicas especiais

  • Saiba o quanto pode gastar

Antes de sair de casa, estabeleça o quanto pode gastar no mercado. Cada família deve adequar este gasto a sua renda, ou seja, não existe uma quantia ideal. Fazendo isso, você evita imprevistos.

  • Faça uma lista

Saber exatamente o que precisa comprar deixa sua ida ao mercado mais objetiva. Desta forma, você evita o “passeio” pelos corredores e aquela tentação em pegar itens que não fazem parte das duas necessidades.

  • Observe a diferença de preços

É sempre importante quando se quer economizar, fazer uma pesquisa de preço no supermercados próximos de sua casa. Os preços podem variar muito de local para local.

  • Vá ao supermercado alimentado

Pode parecer bobeira, porém, de acordo com pesquisas, os consumidores que vão ao supermercado com fome costumam comprar mais que o necessário.

  • Calculadora na mão

Caso esteja com o orçamento apertado, vale a pena já ir fazendo os cálculos durante as compras. Isso evita chegar no caixa e ter que tirar algum produto.

  • Observe os produtos

Os supermercados organizam as gôndolas de forma que os produtos que eles querem que vendam mais rápido fiquem na altura da visão do consumidor. Olhe bem para cima e para baixo nas prateleiras. Esqueça a lealdade às marcas.

Tenha curiosidade e experimente outras marcas. Não se deixe levar por embalagens bonitas, pois elas tendem a ser mais caras. Os supermercados têm muitos produtos com embalagens simples que custam bem menos.

  • Marcas conhecidas nem sempre representam qualidade

Tenha atenção à questão das marcas. As marcas mais famosas sem sempre são as melhores. De tempos em tempos dê uma chance às marcas desconhecidas. É capaz de você gostar e consequentemente pagar menos pelo mesmo produto.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.