Após novas pesquisas sobre a imunização de crianças contra a Covid-19, o governo federal junto ao Ministério da Saúde abriu uma consulta pública sobre a vacinação desse grupo. Desde a última quinta-feira, 23, qualquer brasileiro pode expressar sua opinião sobre o assunto por meio do preenchimento de um formulário.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, adiantou na coletiva de imprensa do dia 23 que o documento à disposição da população trata da recomendação para vacinação de crianças entre 5 e 11 anos. Desde que haja prescrição médica e autorização dos pais e responsáveis.
Diferente do que aconteceu na vacinação para adolescentes com mais de 12 anos. Nesse caso, obtiveram prioridade aqueles que possuíam alguma comorbidade com comprovação médica, e mais tarde todos os adolescentes puderam ser vacinados, sem autorização médica apenas com autorização dos pais.
O documento disponibilizado mostra dados e estudos revelados até aqui, desenvolvidos em 25 páginas. Admite-se, conforme a OMS (Organização Mundial da Saúde), que as crianças têm menos chances de desenvolver a doença.
No Brasil, considerando o público de 5 a 11 anos a taxa de mortalidade é de 1,5 óbito a cada 100 mil habitantes. Mas, vale reforçar o fato de que não são apenas números, mas vidas. Ou seja, ninguém quer que seu filho esteja dentro dessas estatísticas.
Acontece que o caso é muito polêmico, principalmente por ser tratar de crianças. O temor dos pais é em relação aos possíveis efeitos colaterais da vacina da Pfizer, a que foi aprovada pela Anvisa.
Consulta pública sobre a vacina da Covid-19 em crianças
Para participar da consulta pública, ou seja, demonstrar qual sua opinião a respeito do assunto, o brasileiro deve acessar o site do Ministério da Saúde. E por lá clicar no link para responder o formulário.
Para isso também será preciso criar um login de acesso ao portal Participa +Brasil. Em seguida, ler o documento de 25 folhas que apresenta todos os dados relativos a aplicação do imunizante nas crianças brasileiras.
Tendo lido todos os estudos apurados pelo Ministério, o cidadão pode dar sua opinião. Entre as perguntas, estão, por exemplo:
- Você concorda com a vacinação em crianças de 5 a 11 anos de forma não compulsória conforme propõe o Ministério da Saúde?;
- Você concorda com a priorização, no Programa Nacional de Imunização, de crianças de 5 a 11 anos com comorbidades consideradas de risco para COVID-19 grave e aquelas com deficiência permanente para iniciarem a vacinação?;
- Você concorda que o benefício da vacinação contra a COVID-19 para crianças de 5 a 11 anos deve ser analisado, caso a caso, sendo importante a apresentação do termo de assentimento dos pais ou responsáveis?.
Ao todo, são seis perguntas relacionadas ao assunto. O questionário pode ser respondido até o dia 2 de janeiro. Em 5 de janeiro o governo federal e Ministério da Saúde pretendem anunciar sua posição quanto ao assunto.