- Veículos novos e seminovos sofreram alta valorização neste ano;
- O valor do IPVA considera o preço de mercado do automóvel, logo foi impactado;
- O imposto é obrigatório, e mesmo que mais caro, precisa ser pago em dia.
Para os motoristas e proprietários de veículos o assunto mais assustador tem nome: o IPVA de 2022. Isso porque, foi divulgado que os débitos cobrados a partir do próximo ano ficarão em média 30% mais caros. O que deve apertar o orçamento das famílias brasileiras.
Mas afinal, por que o valor vai subir tanto? A resposta é bem simples, e tem haver com a alta valorização dos veículos automotores neste ano de 2021. O setor automobilístico sofreu com a falta de matéria prima em todo mundo.
Nacionalmente falando, a inflação e o dólar também foram afetados e sofreram oscilações constante, principalmente ficando com valor mais alto. Justamente por isso, o valor final do produto também foi modificado.
No Brasil, o preço dos automóveis são medidos pela tabela Fipe, que considera tanto o modelo, ano, marca, e especificações do produto, para chegar a quantia final. Quando decidido, percebeu-se que os valores ficaram mais altos do que no último ano.
Em São Paulo, por exemplo, à pedido da Secretaria de Fazenda e Planejamento, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgou qual foi a alta de preços para cada tipo de veículos:
- 25,17% para caminhões usados;
- 23,50% para caminhonetas e utilitários;
- 23,33% para as motocicletas;
- 21,99% para automóveis;
- 15,57% para ônibus e micro-ônibus.
Até mesmo o dono de um carro popular vai perceber mudanças na cobrança do IPVA. Além do valor do veículo, também são consideradas as alíquotas aplicadas por lei no estado. O cálculo é o seguinte:
- Valor do veículo x alíquotas do estado = IPVA
Além da cobrança do mercado, a outra parte desse cálculo fica por conta do governo estadual, este que em muitas regiões tem se mostrado favorável em manter o peso das cobranças. O que, diretamente, não permite que a quantia final do IPVA fique ainda maior.
Como saber o valor venal do meu veículo?
Para começar a se preparar, o proprietário pode consultar o valor venal do seu veículo no site da Tabela Fipe. O órgão deixa disponível o preço do produto com base no preenchimento de uma ficha técnica.
Basta que o cidadão insira: marca do seu veículo, modelo e o ano. Pronto, o próprio sistema vai mostrar quanto aquele automóvel vale no mercado. Inclusive, é uma forma de saber a quantia a ser cobrada para uma possível revenda.
Aprenda no passo a passo com o vídeo explicativo da Fipe:
Para quem adquiriu um carro zero quilômetro, o cálculo do IPVA usa como base o valor descrito na nota fiscal do seu veículo.
O que não deixa de ser preocupante, já que uma pesquisa feita pela Kelley Blue Book mostra que de outubro para novembro deste ano os carros novos ficaram em média 1,51% mais caros. Enquanto a alta dos seminovos foi de 2,28%.
Consultar as alíquotas de cobrança do estado
Diferente do que muitos pensam, não é o Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) o responsável por administrar o IPVA. Na verdade, a Secretaria Estadual da Fazenda quem decide as alíquotas de cobrança e emite a guia de recolhimento.
Justamente por isso, é nesse órgão que o cidadão deve procurar o valor das alíquotas quando quiser calcular o quanto vai pagar no seu imposto. A quantia depende de uma legislação estadual, por isso, não é a mesma a depender da região.
Algumas, como São Paulo, cobram até 4% sobre o valor de um carro de passeio. Enquanto em Santa Catarina a cobrança chega a 2%. Claro que no resultado final essa parte do cálculo tem diferença.
Por isso, sobre um mesmo veículo, o morador de São Paulo vai pagar mais caro de IPVA do que aquele que tem o seu automóvel licenciado em Santa Catarina.
Considerando apenas os veículos de passeio a cobrança fica assim:
- Rio Grande do Sul: 3%
- Santa Catarina: 2%
- Paraná: 3,5%
- São Paulo: 4%
- Rio de Janeiro: 4%
- Minas Gerais: 4%
- Espírito Santo: 2%
- Bahia: 2,5%
- Sergipe: 2,5%
- Alagoas: 3%
- Pernambuco: 3%
- Paraíba: 2,5%
- Rio Grande do Norte: 3%
- Ceará: 2,5%
- Piauí: 2,5%
- Maranhão: 2,5%
- Tocantins: 2%
- Pará: 2,5%
- Amapá: 3%
- Amazonas: 3%
- Roraima: 3%
- Rondônia: 2%
- Acre: 2%
- Mato Grosso: 2%
- Mato Grosso do Sul: 3,5%
- Goiás: 3,75%
- Distrito Federal: 3,5%
Por que pagar o IPVA 2022?
Hoje, o valor arrecadado com o IPVA é dividido entre o governo do estado e o governo municipal onde o veículo foi emplacado. A quantia serve para investimento local, desde melhoramento de rodovias, como no uso para os serviços públicos.
No entanto, além do cunho social que o imposto tem, a cobrança é obrigatória para o licenciamento do seu bem. Isso significa que apenas com o pagamento do IPVA é que o proprietário pode emitir a licença para circular com o veículo por todo país.
Em uma blitz policial, por exemplo, estar com o licenciamento atrasado implica além de multa, de em média R$ 300, o automóvel fica sujeito à apreensão. Logo, por uma questão jurídica o ideal é manter o pagamento do IPVA em dia.