Segundo uma pesquisa da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), sobre o preço dos produtos que compõem a ceia de Natal, houve um aumento de 11,8% em relação ao ano passado, ficando acima da inflação.
Segundo o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, Guilherme Moreira, o principal vilão para o aumento da Cesta de Natal são as carnes, afirmou em entrevista à CNN.
O item é o principal na ceia e está presente também nas demais confraternizações de fim de ano, seja como prato principal ou nos churrascos. Entre as carnes a que teve mais alta foi o filé mignon que registou um aumento de 30,78% em comparação a 2020.
Em segundo lugar ficou o peru, prato típico do Natal, que teve alta de 23,83% no preço em comparação ao mesmo período do ano passado. Além disso, a Cesta de Natal também foi encarecida devido ao aumento de outros itens, como a azeitona verde (23,76%), panetone (21,81%) e o bacalhau (21,27%).
Esses produtos, que são presentes no Natal, foram um dos mais afetados pela inflação dos últimos meses. Veja abaixo os 10 produtos da cesta natalina com maior alta em 2021:
- Filé Mignon +30,78%;
- Peru +23,83%;
- Azeitona verde +23,76%;
- Panetone +21,81%;
- Bacalhau +21,27%;
- Farofa +20,19%;
- Chester +19,39%;
- Caixa de Bombom +18,51%;
- Queijo ralado +16,12%;
- Palmito Pupunha +13,88%.
De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação no Brasil no mês de novembro foi de 0,95%. No acumulado do ano a alta já chega a 9,26%. Porém, nos últimos 12 meses o índice que mede a inflação oficial do país registrou uma alta de 10,74%.
Segundo Moreira, “… a maioria desses produtos consumidos passam por etapas industriais. Essa indústria consome energia elétrica, frete de transportes, embalagens, que são elementos que sofreram aumentos e impacta na composição de custos desses itens”.
Além disso, o economista afirmou que os poucos itens da Cesta de Natal que registraram queda no preço neste ano é devido às altas no ano anterior. Exemplo disso é o lombo de porco que teve uma queda de 7,7%, comparado ao mesmo período de 2020.
“A carne suína, em 2020, teve uma grande demanda chinesa e subiu muito o preço. Caiu um pouco esse ano por causa da regularização de lá, mas estava em um patamar muito alto”, declarou Moreira a CNN.