O Grupo Pão de Açúcar e o Assaí firmaram um contrato de cessão que concede o direto ao Assaí de explorar até 70 pontos comerciais do Extra Hipermercado. Recentemente foi revelado ao mercado o acordo do Assaí com o GPA para a aquisição de lojas do Extra. A transação teve o valor de até R$5,2 bilhões.
O fato relevante comunicado por ambas empresas informa ainda que de 20 a 30 lojas com a bandeira Extra Hiper devam terminar as atividades até o próximo dia 31, grande parte encerra as atividades até o fim de janeiro de 2022 e as últimas, em fevereiro.
“A transação está avançando em linha com o cronograma inicialmente previsto, com um rápido avanço da negociação com os proprietários das lojas e da desmobilização das lojas pelo GPA”, dizia o documento.
A comercialização de 17 imóveis de propriedade do Grupo Pão de Açúcar pelo valor de até R$ 1,2 bilhão a um fundo imobiliário com a interveniência e garantia do Assaí, está em estágio avançado de due diligence e em breve passará pela aprovação das autoridades concorrenciais.
O documento diz que a administração de ambas as empresas projetam que o fechamento da transação por completo, aconteça antes do fim do primeiro trimestre. Este processo engloba a cessão dos pontos comerciais e também a venda dos imóveis.
Itaú BBA rebaixa recomendação do Assaí após compra ser anunciada
Se por um lado, os acionistas do GPA ficaram empolgados com a operação que fez com que a companhia resolvesse a situação dos ativos que não eram interessantes para o negócio, os sócios da Sendas Distribuidora, nome oficial do Assaí, se mostraram incomodados com o fechamento da operação sem que os acionistas minoritários fossem procurados.
O Itaú BBA rebaixou a recomendação para o Assaí para neutro com preço-alvo de R$ 20,00. “Estamos profundamente incomodados com o fato que a minoria acionista não estão participando do fechamento desta operação, e que o Assaí está pagando a maior avaliação por loja (mais de R$ 100 milhões cada) que já vimos”, disse o relatório.
Na visão do Itaú BBA, o processo tinha que ser avaliado também pelos acionistas minoritários uma vez que essa abordagem expressa uma governança corporativa “muito melhor” e que traria mais conforto.