Recentemente, no último dia 6, o governo anunciou o aumento do teto dos juros do empréstimo consignado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A medida deve impactar no bolso dos beneficiários.
O aumento da taxa de juros do empréstimo consignado foi de 1,80% para 2,14%. A nova instrução normativa foi assinada pelo presidente do INSS, José Carlos Oliveira e começou a valer a partir da última sexta-feira (10).
O que é empréstimo consignado?
O empréstimo consignado é a modalidade de empréstimo em que é descontado diretamente do contracheque de quem o solicitar. O modo consignado apresenta uma das menores taxas de juros do mercado por possuir baixo risco de inadimplência.
Entenda o reajuste do teto de juros
O aumento do teto de juros era uma cobrança feita pelos bancos. Os novos limites estão de acordo com o recomendado pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), o motivo está no aumento crescente da taxa Selic e da inflação.
Desde março de 2020, por conta da pandemia do coronavírus, os juros do consignado permaneceram os mesmos, sem alterações. Nessa época o governo anunciou a redução nos módulos de crédito para que houvesse maiores recursos para os aposentados e pensionistas sentirem menos o impacto financeiro da pandemia.
Segundo o Ministério do Trabalho e Previdência, no atual momento enxergou-se a necessidade da modificação das taxas para acompanhar as oscilações do mercado financeiro.
O que muda no seu bolso?
O novo teto pede maior atenção de quem for solicitar o empréstimo consignado, é preciso avaliar se as parcelas vão caber no orçamento.
As instituições financeiras não vão necessariamente aumentar o juros para 2,14%, a porcentagem é o teto de juros, ou seja, os bancos poderão cobrar até esse valor de juros.
Um empréstimo de R$ 1 mil, pago em dois anos (24 meses) tendo 2,14% de juros terá parcelas de R$ 53,71, totalizando R$ 1.289,04.
E quem já tem um empréstimo consignado?
Para quem já possui um empréstimo consignado a alteração da taxa não é uma preocupação. A modalidade de empréstimo consignado possui taxas fixas, desse modo a taxa será a estabelecida no contrato.
Entretanto é válido consultar o contrato de empréstimo para verificar se existe alguma cláusula relacionada às taxas seguirem a variação do mercado, a situação é incomum, mas pode acontecer.