Na última terça-feira (14), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB/SP), anunciou um reajuste no salário dos professores da rede estadual. De acordo com Doria, o aumento será de 73%, considerando avaliações periódicas de desempenho do profissional.
Atualmente a rede estadual de educação de São Paulo possui 190 mil professores. Esses profissionais recebem um salário inicial de R$ 2.886,24. Com o reajuste de 73% o salário dos professores que iniciam na área passará a ser de R$ 5 mil.
Segundo Doria, “É o maior aumento de toda história da educação do Estado de São Paulo”, disse o governador na coletiva. O reajuste no salário dos professores acontecerá por meio de provas, formações e avaliações a cada dois anos.
Essas avaliações irão conferir o conhecimento teórico, práticas de sala de aula e as estratégias de engajamento. “As avaliações serão com base na BNCC (Base Nacional Curricular Comum), currículo, novas metodologias e a base de formação dos professores”, disse Rossieli Soares, secretário da Educação.
Atualmente, o estado já realiza provas para a progressão na carreira. Porém, essas são genéricas e são as mesmas em qualquer fase da profissão. A proposta do governo estadual também prevê que os docentes com mais experiência realize tutoria com os novos profissionais.
Os docentes de qualquer faixa salarial poderão aderir ao novo programa, com o teto de pagamento em R$ 13 mil. Esse valor já é o reajustado com o aumento de 73%. Atualmente, o limite de pagamento para a categoria no estado é de R$ 7 mil, sem contar as gratificações.
O salário dos professores também poderá ter um aumento de 5% para os profissionais que fizerem mestrado e doutorado. Segundo o governo estadual, 45% dos professores da rede poderão ter um aumento entre R$ 1.500 e R$ 2.500.
Outros 30%, entre R$ 500 e R$ 1500. E ainda 9%, até R$ 500. A ação faz parte de um programa desenvolvido pelo governo estadual, a fim de contribuir para a melhoria do ensino-aprendizagem e a torna a carreira docente mais atrativa para jovens.
Os salários iniciais de diretores também terão reajuste e deverão ficar em R$ 6 mil. O projeto será encaminhado à Assembleia Legislativa de São Paulo em janeiro. A estimativa é que o programa tenha um investimento de R$ 3,7 bilhões.