Ceia de Natal: Alimentos mais procurados e quanto está sendo cobrado por eles

Pontos-chave
  • Ceia de Natal ficará 27% mais cara em 2021;
  • Carnes são as vilãs do encarecimento na ceia de Natal;
  • Porções reduzidas podem ser uma alternativa para manter a tradição.

Uma pesquisa recente feita pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), mostrou que a ceia de Natal de 2021 será mais cara. O encarecimento está relacionado a fatores como a projeção da inflação e o aumento na procura por alimentos tradicionais. 

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Alguns dos principais itens da ceia de Natal apresentaram a menor variação no acumulado dos últimos 12 meses, atingindo a média de 5,39% do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) entre dezembro de 2020 a novembro de 2021.

Se fizer uma comparação com o período anterior, nota-se que a inflação incidente sobre a ceia de Natal ficou em 13,51%. 

Por outro lado, houve um aumento em relação a 2019 com 3,81%, 2018 com 3,37% e 2017 com -2,30%. O fator que mais alavancou a inflação foi o aumento dos alimentos, cuja variação média foi de 7,93%, embora tenha sido bem menor que no mesmo período do ano passado. 

Nos últimos 12 meses, o frango inteiro teve uma disparada de 24,28%, bem como os ovos a 17,79%, a azeitona a 15,13%, as carnes bovinas a 14,72% e a farinha de trigo a 13,70%.

Em contrapartida, o arroz registrou uma queda de -8,27%, bem como o pernil suíno que teve uma redução de -1,27%. O leite longa vida, a cebola e as frutas foram os alimentos com o menor aumento, com 0,81%, 1,87% e 2,84%, respectivamente. 

De acordo com o economista do Ibre-FGV e responsável pelo levantamento, Matheus Peçanha, os reflexos dos problemas nos custos de produção que sofremos desde o ano passado, com secas, geadas, alta nos preços dos combustíveis e energia elétrica ainda se fazem sentir, sobretudo, nas proteínas.

“O câmbio alto, favorecendo a exportação das carnes, também contribuiu para manter os preços das proteínas em alta. No entanto, é bom ver que o retorno gradual das chuvas já tem normalizado a dinâmica de diversos preços de alimentos como arroz, frutas, hortaliças e legumes”, analisou o economista.

Causa para o aumento dos alimentos da ceia de Natal

Neste ano, a produção da ceia de Natal ficará 27% mais cara. O principal causador do aumento dos alimentos oferecidos nas festividades é a inflação que chega na casa dos dois dígitos conforme as projeções mais recentes. 

A inflação é a base de cálculo para a fixação de preços cobrados por serviços e produtos. Sua incidência tem sido massiva, em proteínas como o pernil, o lombo ou chester, os tornando os vilões da ceia de Natal. O tradicional panetone teve um aumento de 25,96% em comparação ao ano passado.

Todos esses reajustes provocam um aumento de 5,91% em comparação a 2020. Assim, o preço médio saiu de R$ 309,86 para R$ 328,17. Mas este valor ainda pode aumentar, considerando que a procura também cresce às vésperas da comemoração. 

Levando em conta a projeção do IPC sobre os produtos da ceia de Natal apurados entre dezembro de 2020 e outubro de 2021, as variações que mais se destacaram foram:

Diante de tantos aumentos, a alternativa para quem não abre mão da tradição e aguardou o ano todo pela ceia de Natal para se deliciar das iguarias preferidas, o jeito será controlar o apetite e diminuir as porções.

Contar com a ajuda dos familiares na compra dos alimentos para a ceia também é uma excelente alternativa. 

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Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
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