Na quarta-feira (8), a decisão tomada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a taxa básica de juros da economia, chamada de Selic, pode alterar as regras de rendimento da poupança. Mas, como isso reflete no seu dinheiro?.
Hoje, a Selic está em 7,75% ao ano, se a taxa chegar até 8,5%, o rendimento ficará em 70% dos juros básicos mais a taxa referencial, que atualmente está em zero. Porém, se o juro básico ultrapassar 8,5%, o rendimento passa a ser de 0,5% ao mês, ou 6,17% ao ano.
O mercado está ansioso para que seja mantida a alta de 1,5 ponto percentual, isso faz com que a Selic encerre o ano em 9,25%.
Se isso acontecer, deve valer então a segunda regra, a de rendimento da poupança, assim, todas as aplicações na poupança terão um rendimento fixo 0,5% ao mês ou 6,17% ao ano, somada à taxa referencial.
Com a taxa atual, o retorno da poupança será de 0,44% ao mês e 5,43% ao ano para novas aplicações. Mas, mesmo com essa mudança, o investimento mais popular do Brasil continuará perdendo para a inflação e outros investimentos de renda fixa.
O que é a taxa Selic?
A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, ela influencia todas as outras taxas de juros do país, como as de empréstimos, financiamentos e retorno de aplicações.
A Selic é um programa virtual em que os títulos do Tesouro Nacional são comprados e vendidos todos os dias pelas instituições financeiras. Além do Banco Central, apenas as instituições financeiras têm autorização para negociar títulos nesse ambiente. Sendo assim, as pessoas comuns não têm acesso.
Como funciona a taxa?
O governo precisa de dinheiro para realizar investimentos e pagar as dívidas, mesmo que a principal forma de bancar as despesas do governo seja com impostos, uma outra forma de arrecadar dinheiro é por meio de empréstimos, dentre um deles o Tesouro Nacional.
Os títulos do Tesouro são certificados de dívida emitidos e vendidos pelo governo por meio da Selic, aqueles que adquirem ganham o direito de, em determinada data, receber o valor de volta com o acréscimo de juros.