Auxílio Brasil pode ter novo aumento em 2022 com projeto do governo

O programa social Auxílio Brasil inicia a segunda rodada de pagamentos nesta sexta-feira, 10. Neste mês, os beneficiários terão a chance de receber o valor prometido de R$ 400. 

No entanto, é preciso explicar que trata-se de uma quantia temporária, tendo em vista que o Governo Federal ainda não conseguiu a aprovação em caráter conclusivo da PEC dos Precatórios, logo, não possui orçamento para custear a quantia a longo prazo. Sendo assim, a parcela de R$ 400 em dezembro será viabilizada através da criação de um benefício extraordinário. 

Este benefício terá atuação complementar às parcelas já previstas e regulamentadas pelo programa original. Mas visando resolver o impasse quanto ao valor do Auxílio Brasil, o Ministério da Economia enviou ao Congresso Nacional um ofício requerendo a inclusão de uma verba no valor de R$ 100 bilhões adicionais em gastos no projeto do Orçamento de 2022. 

Auxílio Brasil em 2022

No mesmo documento constava o valor médio de R$ 415 para os beneficiários do Auxílio Brasil em 2022. A solicitação de ajuste enviada à Comissão Mista de Orçamento (CMO) alegou que a mudança é necessária em virtude da projeção elevada para a inflação de 2021.

A previsão é para que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) seja votada no dia 17 de dezembro. 

Por hora, o texto do relator, Hugo Leal, já foi aprovado pela comissão na última segunda-feira, 6. Com base nos cálculos do Governo Federal, a PEC dos Precatórios promulgada recentemente em versão fatiada, possibilitará a abertura de um espaço na margem de R$ 62,2 bilhões no teto de gastos de 2022.

Se a outra parte da proposta também for aprovada e passar a vigorar, o montante será elevado para R$ 106,1 bilhões. No ofício assinado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, está determinado que, “foram realizadas simulações de referencial monetário, enviadas e confirmadas pelo Ministério da Cidadania”, declarou. 

Mas o Auxílio Brasil não é o único alvo do texto. A sugestão ainda prevê que a correção pela inflação dos benefícios previdenciários, e assistenciais como o seguro-desemprego, o abono salarial e outros, tenham um custo aproximado de R$ 33,5 bilhões.

Contudo, ainda seria preciso um saldo de R$ 5,5 bilhões para suprir demais gastos obrigatórios, como os salários de servidores públicos, subsídios a fundos constitucionais e ajustes no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). 

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.