Segunda aplicação do Enem digital teve erros e baixa adesão. A expectativa é de que, no futuro, essa versão substitua o exame impresso, o que diminuiria os gastos; mas, isso será mesmo possível?
O Exame Nacional do Ensino Médio foi aplicado em sua segunda versão e, mais uma vez, foi cercado de problemas. Essa modalidade do exame foi pensada para diminuir os gastos com impressão de provas, o que tornaria o Enem mais “barato”.
No entanto, ele não tem necessariamente cumprido sua função.
Já que os estudantes relataram problemas com a aplicação das provas e o índice de abstenções (desistências) foi bastante alto.
Problemas da aplicação do Enem Digital
Os participantes dessa modalidade de aplicação se inscreveram voluntariamente, no entanto, muitos deles se arrependeram.
Pois, encontraram problemas para participarem das provas.
Na Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, por exemplo, em várias salas de aplicação aconteceram problemas nos computadores, o que atrasou o início das provas para a maioria dos participantes.
O estudante Clovis de Mello Neto, de 17 anos, fez a prova nesse local de aplicação e comentou sobre o fato com o Brasil Escola:
“Eles iam resolvendo de sala em sala e, quando foi resolver da minha, já tinha passado uma hora e meia. Não foi muito legal. A gente teve que ficar esperando um tempão sem saber de nada, sem saber o que estava acontecendo”.
Já no Instituto Federal do Sertão Pernambucano, em Petrolina, o problema não foi solucionado a tempo de os estudantes fazerem as provas.
Abstenções no Enem Digital
Na sua primeira aplicação, em 2020, o exame teve 71,3% de abstenção; nessa segunda o índice foi de 50,1%, o que é considerado alto por alguns especialistas.
Ao todo, 68.892 estudantes se inscreveram nessa modalidade em 2021, mas apenas 34 fizeram as provas.
É nítido que o exame precisa melhorar bastante para ser o subtítulo da versão impressa.
Por outro lado, era esperado que alguns problemas fossem encontrados nas primeiras aplicações.
O que não pode acontecer é eles serem recorrentes.
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