Preços ao produtor brasileiro avançam 2,16% em outubro; confira

Em outubro, os preços ao produtor brasileiro tiveram alta de 2,16%. O resultado foi impactado pelos custos do refino de petróleo. Os dados são do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (1º).

O resultado recente, da inflação do setor industrial, representa o maior índice para outubro desde o início da série histórica, em 2014. No acumulado anual, os preços na indústria registraram elevação de 26,57%. Já ao considerar os últimos meses, o IPP acumula inflação de 28,83%.

O aumento de outubro foi a maior desde abril. Na ocasião, o índice havia sido de 2,19%. A inflação na indústria está presente há mais de dois anos. A última variação negativa do IPP tinha sido em agosto de 2019.

Essa pesquisa do IBGE mede a variação dos preços de produtos na “porta da porta”. Ou seja, o levantamento não considera os impostos e frete.

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A maioria das atividades registraram alta nos preços ao produtor brasileiro

O IPP analisa 24 atividades das indústrias e da transformação. Dentre elas, 22 tiveram aumento em outubro. O destaque foi para refino de petróleo e produtos de álcool, que teve a maior variação (7,14%). O setor registra resultados positivos desde maio.

O gerente da pesquisa, Alexandre Brandão, afirma que “essa taxa é reflexo da variação do óleo bruto de petróleo, cujo preço vem aumentando no mercado internacional”. A taxa recente foi a maior para outubro desde o começo da série histórica. Essa atividade, no acumulado anual, possui variação de 60,38%.

A segunda maior alta foi na atividade de outros produtos químicos (6,38%). O resultado tem relação, principalmente, aos valores internacionais e ao custo de diversas matérias-primas importadas ou não — como a nafta, por exemplo. Ainda vale destacar que a demanda da indústria por produtos químicos está aquecida.

Brandão destaca que este setor é diretamente impactado pelo refino do petróleo. Por conta disso, o aumento no refino influencia o resultado de outros produtos químicos.

Outro motivo para a alta deste setor são os valores de adubos ou fertilizantes — cujos produtos nacionais acompanham os valores internacionais. A desvalorização cambial vem impactando, considerando que o mercado, na maior parte, depende de importações.

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Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
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