Vale quer diminuir emissões de carbono e lança metas sociais para o futuro

Nesta segunda 29, a Vale promoveu o Vale Day, seu evento anual para investidores. No evento, a empresa apresentou seu plano de desbloquear valor para acionistas baseada na continuação da redução de risco de suas operações, crescendo a capacidade de produção, cortando custos e indo ao encontro de um portfólio de produtos que poderia exigir prêmios maiores não só pela qualidade, mas também para emissões mais brandas de carbono.

A administração da empresa quer destacar a operação de metais básicos para um reconhecimento de seu valor, mesmo que uma cisão não sinalize ser uma vontade no momento.

A Vale introduziu também sua expectativa de produção de minério de ferro para o ano que vem de 320-335 Mt, do qual o ponto médio é 3% maior ao da nova e mais estreita faixa de 315-320 Mt para 2021.

Mesmo com seu crescimento mais suave no curto prazo, a Vale está incrementando seu portfólio de produtos voltados para uma indústria mais verde. Serão oferecidos ainda prêmios possivelmente mais caros para minério de conteúdo que autorize emissões mais baixas na siderurgia.

A companhia pretende ainda investir US$ 200 milhões para retirar 500 mil pessoas da pobreza até 2030 nas áreas em que atua.

Mercado verde

A Vale, juntamente com a produtora coreana de aço Posco, assinou um memorando de entendimento em que concordam em encontrar maneiras de diminuir a emissão de CO2 em siderurgia. Saiba mais.

O comunicado diz que as empresas tem a intenção de criar soluções para a  descarbonização para siderurgia e que elas debatem para achar os melhores caminhos utilizando o portfólio de ambas. Um destes caminhos seria o aprimoramento da produção de minério de ferro de alta qualidade para diminuir o consumo de combustíveis fósseis.

Esta iniciativa ajuda a Vale a bater sua meta de redução de 15% da emissão no Escopo 3 até 2035. A empresa busca ainda diminuir as emissões do Escopo 1 e 2 em 33% até o ano de 2030 e alcançar a neutralidade até 2050, alinhado com o acordo de Paris.

Por sua vez, a Posto comunicou seu planejamento para a neutralidade de carbono, diminuindo em 20% a emissão até o ano de 2030, 50% até 2040 e neutralidade até 2050.

Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.