Desde o início de sua gestão, o presidente da República, Jair Bolsonaro, tem passado por altos e baixos no atual governo. No entanto, ele se superou, alcançando uma má avaliação dos eleitores e, tem visto sua aprovação cair em 20%.
Os dados foram apresentados pela Pesquisa Atlas, divulgada pelo Valor Econômico nesta segunda-feira, 29. A apuração foi feita entre o período de 23 a 26 de novembro.
Tornando possível a identificação de que somente 19% dos brasileiros aprovam a gestão de Bolsonaro, ou seja, 20% a menos do que no primeiro levantamento feito.
No ano passado, Bolsonaro se mantinha com um percentual de aprovação de 31%. Nesta última pesquisa, 4.921 cidadãos foram entrevistados e, deste total, 65% demonstraram desaprovação quanto a Bolsonaro.
Em um dos principais questionamentos, 72,3% mostraram que a economia do Brasil segue em um caminho ruim e errado.
De acordo com os responsáveis pela pesquisa, os cidadãos brasileiros já estão cansados e desgastados com a inconsistência e negligência vinculadas à atuação de Bolsonaro. E infelizmente, eles não conseguem ver melhorias nesta situação enquanto ele se mantiver na presidência da República.
Auxílio Brasil e vale gás como salvação
Tendo consciência de sua reprovação perante o povo brasileiro, Bolsonaro já se mostrou preocupado. Por isso, tem se empenhado na promoção de políticas públicas na expectativa de conquistar novamente a aprovação do público assim como aconteceu no auxílio emergencial no início do ano passado.
Em meados de abril de 2020 o auxílio emergencial começou a ser pago para a parcela mais vulnerável da população brasileira. A iniciativa foi tomada como uma medida de apoio financeiro para as pessoas mais afetadas pelos impactos da pandemia da Covid-19.
Tendo em vista a quantidade de pessoas que realmente precisavam deste auxílio e que fizeram bom uso dele para despesas rotineiras, foi alto o número de brasileiros que viram o presidente como um bom samaritano.
Mas essa aprovação não durou muito tempo, na verdade, ela começou a cair logo que Bolsonaro passou a reduzir o valor do auxílio emergencial e, principalmente com o término do benefício. Agora, como uma atitude desesperada para retomar um posicionamento favorável. ele se empenha na promoção de novos programas.
É o caso do vale gás, aprovado recentemente. O programa visa conceder um apoio financeiro de até 50% da média do valor do botijão de gás para famílias carentes inscritas no Cadastro Único (CadÚnico).
O benefício será liberado a cada dois meses, assim que houver espaço no Orçamento para custear este programa. E justamente considerando as dificuldades orçamentárias, ainda não há previsão para quando os valores poderão ser liberados.
Mas as investidas do presidente não param por aí, pois seu maior investimento tem sido o Auxílio Brasil substituto do tradicional e recém extinto Bolsa Família.
A nova transferência de renda veio para dar cara nova ao que também se consolidará como o principal programa social que será a cara do atual governo, nas palavras de Bolsonaro.
As promessas e expectativas quanto ao Auxílio Brasil são várias, mas ao analisar a fundo, é possível notar que ele tem o mesmo princípio e base do Bolsa Família, apenas com uma denominação diferente.
Aliás, a mudança de nome foi uma das grandes preocupações de Bolsonaro, pois acima de tudo, seu desejo explícito era retirar qualquer vestígio da gestão petista, a criadora do Bolsa Família.
Portanto, nota-se que tanto o Auxílio Brasil quanto o vale gás são estratégias de campanha para a aprovação e, consequente, reeleição no próximo pleito eleitoral.