Salário mínimo de R$ 1.210 em 2022 vai afetar BPC, seguro desemprego, PIS/Pasep e mais

Pontos-chave
  • Governo federal anuncia novo salário mínimo para 2022;
  • Benefícios trabalhistas serão reajustados mediante correção;
  • Cada abono terá um valor mediante as regras de concessão.

Governo Federal anuncia nova previsão de salário mínimo em 2022. A partir de janeiro, os trabalhadores poderão receber um piso nacional em R$ 1.210. A informação foi repassada pelo Ministério da Economia, que levará em consideração as projeções do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Entenda como o reajuste afeta o seguro desemprego e demais benefícios.

Salário mínimo de R$ 1.210 vai afetar BPC, seguro desemprego, PIS/PASEP e mais (Imagem: FDR)
Salário mínimo de R$ 1.210 vai afetar BPC, seguro desemprego, PIS/PASEP e mais (Imagem: FDR)

A chegada do fim do ano resulta também na espera de um novo salário mínimo. No Brasil, as expectativas não são tão positivas, tendo em vista que as previsões do governo não apresentam um aumento significante para o cidadão. Segundo a equipe econômica, o piso salarial ficará em R$ 1.210.

Reajuste do salário mínimo

Nessa semana, o ministério da economia publicou o Boletim Macrofiscal da pasta onde apresenta a elevação da projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), passando de 8,4% para 10,04%.

O indicativo leva em consideração as médias da inflação para famílias com um rendimento monetário de um a cinco salários mínimos. Desse modo, implica dizer que a atualização não garantirá um aumento significativo para os trabalhadores.

Pela proposta do governo, enviada inicialmente em agosto, o salário mínimo seria de R$ 1.169, levando em consideração um INPC de 6,2%. Já nessa semana, a mudança foi para R$ 1.210.

Motivos pelos quais o governo segura o salário mínimo

O principal motivo para que o governo não queira conceder um aumento significativo no salário mínimo é o custo dessa decisão para ele mesmo. A cada R$ 1 a mais no piso nacional, a equipe econômica passa a gastar mais R$ 355. Isso significa dizer que há uma diferença de R$ 41 bilhões a ser reajustadas em 2022.

O aumento acontece porque o salário mínimo é utilizado como referencia para determinar todos os benefícios vinculados do INSS, seguro desemprego, PIS/PASEP e demais abonos trabalhistas.

Como esses pagamentos são de responsabilidade do poder público, sendo reajustado o salário mínimo a União terá que pagar mais caro e assim apertar seu orçamento para não ultrapassar o teto determinado pelo congresso.

PIS/Pasep 2022: Consultar Datas, Valor e Pagamentos do Abono Salarial

 BPC deve ser recalculado

Sendo aprovado o salário mínimo de R$ 1.210, o BPC também passará a atuar nesse valor. Os beneficiários receberão a quantia fixada, uma vez em que o benefício não passa por variações. No entanto, as regras de concessão permanecem os mesmos.

Seguro desemprego

Já no caso do seguro desemprego, o valor de base será o R$ 1.210, porém a concessão varia mediante o cálculo de regimento do abono. O cidadão leva em consideração a quantidade de vezes que já fez a solicitação, a quantia de seu salário e o tempo de serviço prestado.

Atualmente a concessão do seguro é calculada da seguinte forma, com o valor de R$ 1.100:

Faixas de Salário Médio Valor da Parcela do seguro desemprego
Até R$ 1.683,74 Multiplica-se salário médio por 0.8 (80%)
De R$ 1.683,74 até R$ 2.806,53 O que exceder a R$ 1683,74 multiplicar por 0,5 (50%) e somar a R$ 1.347,00
Acima de R$ 2.806,53 O valor da parcela será de R$ 1.909,34

Os critérios que autorizam o seguro são:

PIS/PASEP

O abono salarial, por sua vez, ficará com o valor máximo de R$ 1.210. Porém, a quantia total só é concedida para quem trabalhar por 12 meses de carteira assinada. O valor mínimo ficará na média de R$ 100 para os servidores com ao menos 30 meses de carteira assinada.

No caso do PIS/PASEP, é preciso pegar a média do piso salarial e dividir pela quantidade de meses trabalhados, com isso é possível ter acesso ao valor exato do abono.

As regras de concessão, por sua vez, permanecem as mesmas:

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Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
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