A equipe do Palácio do Planalto está empenhada na criação de uma Medida Provisória (MP) que será capaz de reduzir o valor do gás de cozinha e do diesel. Apesar de a gasolina não ser incluída nesta iniciativa tendo em vista o valor expressivo do produto, sabe-se que o governo deve criar uma espécie de fundo de estabilização para possibilitar a nova medida.
Fontes do Governo Federal ouvidas pelo blog do G1 afirmam que possíveis fontes de financiamento são:
- Royalties de petróleo;
- Dividendos pagos ao Tesouro pela Petrobras;
- Fundo social administrado pela Pré-Sal Petróleo (PPSA), braço direito da União na gestão de exploração do óleo e gás;
- Cide Combustíveis, contribuição incidente sobre a gasolina.
A elaboração do texto deve ser concluída em breve pela Casa Civil do Desenvolvimento Regional e de Minas e Energia. A MP que poderá reduzir o valor do gás de cozinha e do diesel é resultado de um pedido do presidente da República, Jair Bolsonaro.
O chefe do Executivo Federal tem comentado com auxiliares que o maior problema enfrentado pelo país hoje, é a alta nos preços dos combustíveis.
A intenção de Bolsonaro em reduzir o preço do diesel também está relacionada ao amparo dos caminhoneiros. A categoria faz ameaças constantes de greve caso não aconteça um reajuste no preço do combustível.
Bolsonaro também disse estar incomodado com as piadas que tem circulado pela internet em alusão aos preços da gasolina. Ele acredita que será um ponto negativo durante o período eleitoral em 2022.
O desejo do presidente era que o fundo de estabilização reduzisse o preço não só do diesel, mas de todos os combustíveis. Porém, as equipes técnicas alegam que ainda não existem recursos para promover uma medida tão ampla.
Além do mais, não é tão simples explicar o uso de recursos públicos para amenizar o preço da gasolina, ao contrário do gás de cozinha e do diesel.
Vale mencionar que mesmo com os preços elevados no país, nota-se uma defasagem nos valores cobrados pelos combustíveis em comparação ao mercado internacional.
Embora a gasolina tenha passado por diversos reajustes ao longo do ano, que já superam a margem de 40%, a defasagem é de, aproximadamente, 20%. Enquanto isso, o reajuste do diesel foi de 38% e do gás de cozinha, 36%.