Selic a 7,75% ao ano: quanto rende R$ 1 mil a partir de agora?

Na última quarta, 27, o Copom (Comitê de Política Monetária), aumentou a taxa básica de juros, Selic, para 7,75%. Com esta alteração uma dúvida surge: quanto o dinheiro renderá nas mais importantes aplicações de renda fixa e qual pagará mais? Confia logo abaixo. 

Um levantamento encomendado pela CNN Brasil ao professor e coordenador do Laboratório de Finanças do Insper, Michael Viriato, revelou como ficam os ganhos para uma aplicação de R$1.000 na poupança, no Tesouro Direto, em CDBs e em fundos DI, que são fundos de renda fixa que se seguem o CDI.

Entre eles, o mais vantajoso serão os CDBs que pagam uma porcentagem adicional do CDI. Para os cálculos foi levado em consideração um CDB com remuneração de 110% do CDI. Esta opção terá um rendimento de 7,14% ao ano, ao considerar o maior prazo para a aplicação, 30 meses.

Em uma aplicação de R$1.000, o investidor receberá R$1.188,27 no final do período. Nesse valor já está descontado o Imposto de Renda que recai sobre os ganhos. O CDI é uma taxa de juros do sistema bancário que anda junto à Selic.

Já a popular poupança, passará a render 5,43% ao ano e em quase todos os cenários, é a pior opção de investimento. Quando falamos de investimento em curto prazo, de até seis meses, apenas os CDBs que pagam menos que o CDI (90%) perdem pra poupança.

Foram levadas em consideração nas simulações, a taxa de administração de 0,3% para os fundos DI e de 0% para o Tesouro Direto, porém essa cobrança pode variar entre os fundos e corretoras.

A taxa de custódia do Tesouro Selic, cobrada pela B3, pertence zerada para aplicações de valores menores que R$ 10.000. Acima deste valor, é paga uma taxa de 0,2% ao ano.

Confira a comparação

Selic

No Brasil, a taxa Selic é a taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia para títulos federais.

Ela é obtida mediante o cálculo da taxa média ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e cursadas no referido sistema ou em câmaras de compensação e liquidação de ativos, na forma de operações compromissadas

Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.