Brasileiros apoiam o passaporte da vacina? Pesquisa mostra resultado interessante

A pesquisa Saúde Brasil publicada recentemente mostrou que três a cada quatro brasileiros são favoráveis à adesão do passaporte da vacina em empresas privadas. O levantamento contou com a participação de 1.006 entrevistados entre o período de 29 de setembro a 8 de outubro. 

Vale mencionar que a importância e viabilidade do passaporte da vacina também foi reconhecida por 76% dos servidores públicos. A pesquisa analisou a atuação do documento em oito circunstâncias distintas, formando o seguinte ranking:

  • Torcedores de estádios de futebol: 80%; 
  • Estudantes de universidades: 76%;
  • Funcionários públicos em governos e repartições: 76%;
  • Estudantes de escolas públicas e privadas: 74%;
  • Funcionários de empresas privadas: 74%;
  • Clientes de bares e restaurantes: 68%; 
  • Passageiros de empresas de ônibus: 58%;
  • Moradores de condomínios: 54%. 

No entendimento do professor da Universidade de Brasília e coordenador do Centro de Pesquisa em Comunicação Política e Saúde Pública (CPS), Wladimir Gramacho, a opinião quanto ao passaporte da vacina formou um padrão em serviços essenciais e mandatórios. Ao contrário de estabelecimentos privados, o documento tem sido considerado essencial. 

“Em lugares como condomínios, por exemplo, as pessoas veem aquele lugar como sua casa, e, assim, podem escolher o que fazer nela. Me parece que as pessoas, em geral, apoiam a exigência do comprovante da vacina para aqueles lugares que nós temos que conviver obrigatoriamente com outras. Mas nas suas casas, o que os dados sugerem é que cada pessoa deve ser livre”, declarou o pesquisador. 

Para o pesquisador, o estudo é um indicativo da segurança promovida pelo passaporte da vacina, a qual tem sido reconhecida por boa parte dos cidadãos brasileiros.

Ele entende que, quanto mais pessoas estiverem vacinadas, maior será a segurança individual e coletiva, permitindo o fortalecimento das atividades econômicas o quanto antes. 

Ele ainda fez uma relação entre a adesão e relevância do passaporte da vacina às preferências políticas. Por exemplo, os cidadãos brasileiros que veem o atual governo federal como ótimo ou bom, tendem a minimizar o documento, enquanto aqueles que consideram péssima a atual gestão acreditam na eficácia do comprovante. 

O passaporte da vacina já passou a ser exigido em 249 cidades, o equivalente a 10,1% dos municípios brasileiros. Os dados são da Confederação Nacional de Municípios (CNM), que também destacou a região Norte nas ações de adesão e fiscalização do comprovante de vacinação em 20,7%. 

Basicamente, o passaporte da vacina consiste na obrigatoriedade de apresentar o documento na entrada de estabelecimentos de uso público. Em algumas cidades a exigência abrange: 

  • Academias de ginástica, piscinas, centros de treinamento e de condicionamento físico e clubes sociais;
  • Vilas olímpicas, estádios e ginásios esportivos;
  • Cinemas, teatros, salas de concerto, salões de jogos, circos, recreação infantil e pistas de patinação;
  • Atividades de entretenimento, exceto quando expressamente vedadas;
  • Locais de visitação turísticas, museus, galerias e exposições de arte, aquário, parques de diversões, parques temáticos, parques aquáticos, apresentações e drive-in;
  • Conferências, convenções e feiras comerciais.

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Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.