Na última quarta-feira (20), o ministro da Cidadania, João Roma, anunciou que o Auxílio Brasil deve ter reajuste de 20%, chegando a R$ 400 com benefício transitório que o antecede.
Roma confirmou que o benefício que deve substituir o Bolsa Família e também o Auxílio Emergencial, pago a beneficiários por meses durante a pandemia. O auxílio entrará em vigor no mês de novembro, entretanto o ministro não citou de onde virá o financiamento e não respondeu as perguntas referentes aos recursos feitas pelos jornalistas.
O reajuste no valor do novo auxílio é em relação aos valores atuais do Bolsa Família. O ministro citou ainda o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para falar que o chefe do Executivo determinou que fosse criado um “benefício transitório” para contemplar as famílias até o fim de 2022 com R$ 400 mensais.
“Esse programa terá um reajuste de 20%. É um programa que é permanente e seguirá 2021, 2022, 2023 e assim sucessivamente. Isso chama-se despesas permanentes do governo, e é um programa que está estruturado para que avance cada vez mais” disse João Roma.
Benefício transitório
Além do benefício permanente, o ministro explicou que o governo pretende pagar entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, o “benefício transitório”.
“Estamos estruturando um benefício transitório que funcionaria até dezembro do próximo ano e teria por finalidade equalizar o pagamento desses benefícios, para que nenhuma destas famílias beneficiárias recebam menos de R$ 400”, afirmou Roma.
O Palácio do Planalto adiou o anúncio do Auxílio Brasil após reações negativas no mercado financeiro.
O ministro seguiu falando que o governo está buscando possibilidades para atender os brasileiros necessitados com responsabilidade fiscal.
Enquanto a equipe econômica do governo busca formas de incluir os R$ 400 no orçamento do ano de 2022, o deputado Marcelo Aro (PP-MG), que também é relator da MP do Auxílio Brasil, veio a público dizer que quer o benefício como política de estado e não temporária.
Para evitar que o “benefício transitório” enfrente um novo projeto, o governo tenta agora o incluir na PEC dos Precatórios. A inclusão ainda não foi anunciada de maneira oficial pelo governo.