Guedes mostra interesse na privatização do Banco do Brasil e Petrobras

Nesta segunda, 27, Paulo Guedes, ministro da Economia, se mostrou favorável a ideia de que a Petrobras e o Banco do Brasil entrem na fila de privatizações nos próximos anos. A declaração do ministro foi dada em sua participação no “O Brasil Quer Mais”, organizado pela International Chamber of Commerce (ICC).

Guedes mostra interesse na privatização do Banco do Brasil e Petrobras
Guedes mostra interesse na privatização do Banco do Brasil e Petrobras (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

“Um plano para os próximos dez anos é continuar com as privatizações. Petrobras, Banco do Brasil, todo mundo entrando na fila, sendo vendido e sendo transformado em dividendos sociais”, disse Guedes.

O ministro vem defendendo as privatizações para que o governo utilize os recursos em um fundo contra a miséria. Em sua campanha para a presidência da República em 2018, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que “não gostaria” de ver a Petrobras ser privatizada. Ele disse ainda que isso só aconteceria caso não houvesse solução. 

Guedes disse que o processo de privatização não está acelerado no atual governo, porém, ressaltou que em dois anos e meio foram privatizados, o equivalente a R$240 bilhões.

O ministro disse também, ter a vontade de modificar o regime previdenciário para o sistema de capitalização, rejeitado pelo Congresso Nacional em 2019. Nesse regime, os benefícios são pagos de acordo com as contribuições feitas no passado pelos próprios trabalhadores.

Alíquotas de importação 

Em seu discurso, Paulo Guedes relembrou que a redução de 10% na TEC (Tarifa Externa Comum) do Mercosul já foi implementada para bens de capital (máquinas e equipamentos) e de informática. Porém, que seu desejo é propiciar redução para todos produtos comprados pelo Mercosul, o que não é aceito pela Argentina.

“Nossa posição é de avançar. Não vamos sair do Mercosul, mas não aceitaremos um Mercosul como ferramenta de ideológica. O Mercosul é uma plataforma de integração na economia global. Se não entregar esse serviço, vamos modernizar. Os incomodados que se retirem, pois um dia a Argentina falou isso para os outros. Vamos devolver isso para a Argentina”, disse.

Guedes disse que deseja que a redução permaneça nos próximos anos. Ele disse acreditar que é possível avançar uma nova redução no ano que vem, caso a reforma tributária passe no Congresso Nacional.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.