No dia 9 de setembro, o Banco Central (BC) divulgou um escopo da quarta fase do Open Banking. A partir dessa fase, prevista para começar em 15 de dezembro, o Open Banking deve ser aplicado aos investimentos. Com essa etapa, o investidor poderá receber ofertas de produtos customizadas.
Na quarta fase do Open Banking, que deve começar em dezembro, os usuários poderão dividir as informações sobre investimentos, câmbio, seguros e previdência.
Essa etapa será dividida em dois ciclos. No dia 15 de dezembro, a instituições participantes poderão compartilhar informações de serviços e produtos ofertados.
Já a partir de 31 de maio de 2022, entrarão no Open Banking os dados das transações pessoais dos usuários relacionadas a investimentos, câmbio, seguros e previdência.
Entre os produtos de investimentos, será possível compartilhar as informações de:
- Letras de Crédito Imobiliário (LCI);
- Letras de Crédito do Agronegócio (LCA);
- Certificado de Depósito Bancário (CDB);
- Recibo de Depósito Bancário (RDB);
- Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI);
- Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA);
- Debêntures;
- Títulos públicos federais disponibilizados pelo Tesouro Direto;
- Cotas de fundos de investimento;
- Cotas de fundos de índices listados em bolsa de valores;
- Ações.
Segundo o Banco Central, com o compartilhamento autorizados dos dados, entre clientes e bancos, será possível aparecer novas soluções para oferta e contratação de serviços e produtos financeiros — mais integrados — acessíveis e personalizados.
Perspectivas de como o Open Banking deve favorecer os investidores
No entendimento de analistas consultados pelo G1, o movimento de abertura das informações financeiras deve proporcionar, ao investidor, o recebimento de ofertas de produtos mais personalizadas.
Segundo o diretor de comunicação e atendimento da plataforma de investimento sim;paul, Thiago Guedes, haverá a possibilidade de analisar a carteira do cliente e disponibilizar um serviço melhor — alinhado com respectivo objetivo de vida.
Caso o Open Banking se consolide, os analistas afirmam que o usuário deverá montar, futuramente, o seu próprio banco. Com isso, a pessoa poderá manter as aplicações e serviços nas instituições com as melhores propostas.
Por exemplo, a planejadora financeira, Myrian Lund, alega que o cliente poderá escolher manter um investimento em um banco, e ter um seguro em outro banco. Atualmente, ela entende que o usuário “fica muito preso” à instituição que possui conta.