Porto Alegre não terá mais aumento na cobrança do IPTU, decide prefeito

Na última sexta, 10, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, sancionou o cancelamento dos próximos aumentos no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) a partir do ano que vem. A medida irá beneficiar 32% dos contribuintes.

Porto Alegre não terá mais aumento na cobrança do IPTU, decide prefeito
Porto Alegre não terá mais aumento na cobrança do IPTU, decide prefeito (Imagem FDR)

O PL (Projeto de Lei) do Executivo foi aprovado pelos vereadores no último dia 23, por 33 voos contra um. A ideia da proposta veio da prefeitura e a justificativa foram os impactos econômicos causados pela pandemia.

A próxima revisão tarifária deve ser feita juntamente com a atualização da Planta Genérica de Valores, que tem previsão para 2025.

O prefeito disse que quando a data chegar “a cidade vai ter um novo governo, uma nova composição da Câmara de Vereadores”, que terão que debater novamente o tema. 

Por conta desta medida, a cidade perderá R$47 milhões em arrecadação somente no primeiro ano. Melo assegurou que não serão feitos nenhum corte nas áreas estratégicas. 

Ele mencionou a entrada de recursos extras previstos pelo RecuperaPOA (programa de recuperação fiscal que concederá descontos de até 90% nas multas e juros para os contribuintes que regularizarem seus tributos) e cortes de gastos com aluguel de carros e outras questões administrativas como forma de compensar o orçamento.

Melo informou que os contribuintes que tiveram diminuição no valor do imposto não serão atingidos pela nova regra. A nova determinação somente retira os próximos aumentos previstos, de forma escalonada nos próximos anos.

A nova medida não retira os aumentos que já foram efetuados e acabou beneficiando os proprietários que tinham o valor venal mais desatualizado. A maior parcela dos contribuintes já estava pagando o valor devido.

“Oitenta por cento dos imóveis que estamos suspendendo o aumento são avaliados em até R$ 500 mil. Em média, hoje, um apartamentozinho é isso”, disse o prefeito.

A alíquota para imóveis não residenciais foi fixada em 0,8%, a mesma que ainda está em vigor este ano. Desta forma, os aumentos previstos para 2023, de 0,9%, e 2026, quando passaria para 1%, estão proibidos.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.