Na última sexta-feira (10), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o país está passando pelo pior momento da inflação. Apesar desta percepção, ele acredita que a inflação deve desacelerar, para terminar o ano entre 7,5% e 8%. A declaração foi feita durante um evento virtual do Credit Suisse.
De acordo com Guedes, a inflação ainda pode desacelerar até o final do ano porque o governo ainda tem “alguns avanços a fazer e reduzir impostos e itens importados”.
A projeção do ministro indica uma piora em comparação ao último número oficial do Ministério da Economia. Em julho, a pasta projetou uma elevação de 5,90% para a inflação medida pelo Índice Nacional e Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano.
De acordo com o Boletim Focus, do Banco Central (BC), o mercado espera que a inflação tenha uma alta de 7,58% em 2021. No acumulado dos últimos 12 meses até agosto, o IPCA chegou a 9,68%.
Vale destacar que o teto da meta oficial da inflação para este ano é de 3,75%. Este valor possui uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
O ministro acredita que o país conseguirá controlar a inflação. Nesse sentido, ele citou ações de ajuste fiscal, e a política monetária que tem sido conduzida por um Banco Central independente.
Como forma de lidar com a escalada dos preços, Gudes declarou que o governo diminuirá tarifas de importação e “provavelmente, alguns impostos”. Para ele, este é o momento ideal de subir a oferta, elevar a integração nos mercados globais. O ministro não entrou em detalhes sobre as alíquotas.
Paulo Guedes espera que a inflação seja controlada no final de 2022
Em dezembro do próximo ano, Guedes projeta que a inflação será controlada. Ele acredita que o patamar será de 4% — que seria o topo da banda.
Para 2022, a meta da inflação é de 3,50%, também com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
No ano que vem, a última perspectiva do Ministério da Economia indicava que a inflação será de 3,50%. Já o mercado estima que o aumento será de 3,98%.