Até quando vai a crise hídrica? Ministro da Energia não está otimista

O Brasil tem enfrentado a pior crise hídrica dos últimos 90 anos. A situação crítica levou o ministro da Energia, Bento Albuquerque, a questionar a possibilidade de recorrer ao racionamento de energia. 

Até quando vai a crise hídrica? Ministro da Energia não está otimista
Até quando vai a crise hídrica? Ministro da Energia não está otimista. (Imagem: Um Só Planeta/Globo)

Em pronunciamento recente ele ressaltou que embora a situação realmente seja grave, por hora, esta atitude ainda não se fez necessária. Porém, ele não descarta a possibilidade de crise hídrica provocar a necessidade de um “monitoramento permanente”. 

Na oportunidade, o ministro declarou que o presidente da República, Jair Bolsonaro, está ciente sobre o risco de a crise hídrica do país se agravar ainda mais. Ele ainda disse que foi o autor da sugestão de criação da campanha de incentivo à redução de consumo. 

Conta de Luz mais Cara! Pague Menos em 2021 com Estas Dicas de Economia

Bento Albuquerque ainda concluiu dando uma declaração em resposta aos críticos que afirmam que a atuação do Governo Federal deveria ser mais imponente e eficaz para conter a crise hídrica. É o que o ministro chama de ‘comentarista de videotape’. 

“Depois que aconteceu, é mais fácil dizer. Tem que ver as medidas que foram tomadas naqueles cenários. Eu acredito que as medidas que tomamos eram as medidas cabíveis naquele momento, disse em entrevista ao O Globo.

Porém, tanto especialistas quanto o Governo Federal entendem que a crise hídrica não indica um fim próximo, tão menos até o final deste ano.

Isso porque, a probabilidade é para que os reservatórios de água fiquem ainda mais escassos até dezembro, época em que se inicia o período de umidade que prevalece até abril de 2022.

Para ter uma noção da amplitude dos impactos da crise hídrica, dados apurados e divulgados através do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), indicam que a maior parte das represas do Sudeste e do Centro-Oeste ficarão com menos de 10% da capacidade total de água até o final deste ano. 

Considerando as previsões climáticas, dificilmente haverá chuvas o bastante para elevar o nível de água dentro do período de um ano. Isso porque, o nível de sequidão do solo é extremo, o que resulta na necessidade de água em dobro para encher uma barragem.

O ministro da Energia ainda reforça que a preocupação não é voltada somente aos impactos que a crise hídrica tem causado em 2021, mas também a longo prazo, ou seja, 2022, 2023 e 2024. Bento Albuquerque destaca que os problemas de seca não serão resolvidos até dezembro ou abril de 2022. 

“É lógico que o nosso foco agora é prover a oferta necessária para que a gente passe sem maiores problemas por essa fase até novembro, quando o período úmido começa. Mas nós temos que fazer um trabalho de médio prazo para que possamos ter condições melhores nos anos vindouros”, ponderou.

YouTube video player
Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
Sair da versão mobile