Salário mínimo de 2022 deve ser aprovado em R$ 1.169,00, propõe governo

Governo federal lança previsão para o novo salário mínimo. Nessa semana, a equipe econômica informou que está trabalhando na definição do piso nacional de 2021. A expectativa é de que ele seja reajustado para R$ 1.169, o que não traz um aumento real para a população.

Salário mínimo de 2022 deve ser aprovado em R$ 1.169,00, propõe governo (Imagem: Reprodução/Jornal Contabil)
Salário mínimo de 2022 deve ser aprovado em R$ 1.169,00, propõe governo (Imagem: Reprodução/Jornal Contabil)

A definição do salário mínimo é pauta recorrente na administração pública. Normalmente, o governo federal avalia os indicativos da inflação para poder fazer a correção.

No entanto, essa medição não será feita em 2022. Segundo os informes da equipe econômica, o novo piso nacional será reajustado em apenas R$ 69.

Qual o impacto no bolso do trabalhador?

O novo salário não trará um aumento efetivo para o trabalhador, uma vez em que o país vem registrado uma das maiores inflações da história.

Atualmente o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) está em 6,2%, tendo como característica central a elevação no preço de produtos como alimentos, gás de cozinha, gasolina, etc.

De acordo com os levantamentos feitos pelo Dieese, o atual salário mínimo de R$ 1.100 é cinco vezes insuficiente para manter uma família de ao menos quatro pessoas.

Somente a cesta básica vem sendo comercializada por mais de R$ 1 mil, o que significa que o valor não é o suficiente para garantir direitos como alimentação, saúde e moradia.

Inicialmente, em meados do mês de abril, o governo federal informou que o salário mínimo de 2022 seria de R$ 1.147. O novo valor permanece apenas como uma especulação, com a previsão de definição exata entre dezembro e janeiro.

Salário mínimo afeta contabilidade pública

É válido ressaltar que um dos motivos pelos quais o governo federal vem travando um reajuste significativo no salário mínimo diz respeito ao impacto da medida em seus cofres.

A cada R$ 1 acrescentado no piso nacional, surge uma nova despesa de mais de R$ 50 milhões, uma vez em que o indicativo é utilizado como média na concessão dos benefícios trabalhistas.

Abonos como o seguro desemprego, PIS/PASEP, e todos os benefícios vinculados ao INSS apresentam como valor mínimo o piso nacional. Ou seja, cada real acrescentado se torna um novo gasto obrigatório para a União.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.