Bolsonaro nega auxílio emergencial “igual ao do ano passado”

Cobrado por reajustes no auxílio emergencial, Bolsonaro nega aumento das mensalidades. Nessa terça-feira (24), o presidente da república se pronunciou sobre a possibilidade de ampliar o valor do projeto. De acordo com ele, não há mais recursos para manter o abono como em 2020.

Bolsonaro nega auxílio emergencial "igual ao do ano passado" (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Bolsonaro nega auxílio emergencial “igual ao do ano passado” (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Há meses o governo federal vem liberando as parcelas do auxílio emergencial. Desenvolvido para minimizar os impactos do novo coronavírus, o projeto teve sua primeira rodada aprovada em abril de 2020 e desde então vem passando por uma série de reajustes fazendo com que sua mensalidade seja cortada em mais de 50%.

Valor se mostra insuficiente

Neste ano, o projeto voltou a ser ofertado também do mês de abril e nesse momento encontra-se na quinta parcela. Porém, sua mensalidade caiu de R$ 1.200 para R$ 375, no valor máximo.

Ao aprovar a extensão do auxílio emergencial, Bolsonaro criou três novas faixas de pagamento. Atualmente os segurados recebem:

  1. R$ 150 para famílias com apenas uma pessoa
  2. R$ 250 para famílias com mais de uma pessoa
  3. R$ 375 para famílias lideradas por mães solteiras

Bolsonaro nega reajuste para aumentar o benefício

Diante dos cortes, a população passou a pressionar o governo para manter ao menos o valor mínimo aprovado em 2020, na época de R$ 600. Porém, Bolsonaro afirmou não haver a possibilidade de manter essa quantia.

Quando a parcela era de R$ 600 por mês, nós nos endividamos na ordem de R$ 50 bilhões. É impossível continuar com essa política. Não basta a Casa da Moeda imprimir papel, precisamos que o campo produza e a cidade também”, disse o presidente em entrevista ao Canal Rural.

De acordo com ele, o pagamento do projeto foi responsável por ampliar o aumento da inflação. O gestor defende que nesse momento não é benéfico implementar um novo reajuste no programa.

Para Bolsonaro, a solução para a atual miséria e extrema pobreza que afeta o país é o retorno presencial das atividades. “Sem trabalho e sem renda morrerão de fome. O trabalho ajuda a prevenir as consequências mais nefastas da pandemia. Ter o corpo são é a melhor maneira de se imunizar contra tudo que está aí”, afirmou.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.