IPVA 2022 deve assustar proprietários após alta no preço dos veículos

Os preços dos carros dispararam no Brasil desde o início da pandemia. Sejam eles usados, novos ou seminovos, os preços não estão nada convidativos. Como se isto não bastasse, o valor do IPVA (Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores) também irá subir por conta do aumento no preço dos automóveis.

IPVA 2022 deve assustar proprietários após alta no preço dos veículos
IPVA 2022 deve assustar proprietários após alta no preço dos veículos (Imagem: Divulgação Engevel)

A projeção é de alta no imposto. Devido a falta de semicondutores, algumas montadoras não estão produzindo carros neste mês.

A General Motors, por exemplo, que sofre com a falta de componentes, está sem estoque de modelos Onix e Onix Plus, que lideravam o mercado até março deste ano. Juntamente com isso, a disparada do dólar também impacta e essa soma indica um IPVA mais caro.

Base de cálculo maior 

O IPVA é calculado com base nos preços de veículos praticados pelo varejo e medidos pela Tabela FIP. A Sefaz (Secretaria da Fazenda) ainda não comunicou a alta do imposto em números, pois os estudos saem somente em novembro.

As alíquotas são fixas, porém, com o aumento do valor de mercado, a base de cálculo subirá.

Proprietários de veículos a gasolina ou flexíveis pagam, por exemplo, 4% do valor de mercado em São Paulo. Já os veículos movidos a álcool, elétrico ou a gás adquiridos antes de 15 de janeiro deste ano, pagam 3%. Os que foram comprados após esta data, também pagarão 4%.

Por conta disso, o governo também não consegue estimar quanto irá arrecadar com o IPVA 2022.

A Sefaz disse ao Jornal do Carro que ainda não tem os valores venais dos veículos que serão utilizados como base de cálculo para o IPVA do ano que vem. 

“A tabela (de valores venais) deverá ser finalizada em novembro e publicada em dezembro de 2021”, dizia a nota oficial. Portanto, o calendário e as projeções de arrecadação ainda estão sendo elaboradas.

Valorização dos carros

Paulo Garbossa, diz que “o consumidor vai pagar mais porque, hoje, o carro dele vale mais que no passado. A gente está acostumado com a desvalorização de, ao menos, 15% do valor do carro assim que cruzamos a porta da concessionária. Contudo, recentemente, o patrimônio valorizou”.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.