O Auxílio Brasil é a promessa de nova transferência de renda para os cidadãos em situação de vulnerabilidade social. Muitos já estão ansiosos para saber sobre o meio de acesso, tendo em vista que o auxílio emergencial pagará somente mais três parcelas.
Considerando que o próprio Governo Federal promoveu o Auxílio Brasil alegando que seria uma espécie de continuidade do auxílio emergencial e Bolsa Família, alguns beneficiários do benefício emergencial estão acreditando que terão acesso direito ao novo programa. Mas na prática não é bem assim que vai acontecer.
Isso porque, o vínculo do Auxílio Brasil é junto ao tradicional Bolsa Família, ou seja, um novo formato de um programa já consolidado durante a gestão petista.
Os beneficiários do Bolsa Família serão transferidos para o Auxílio Brasil, desde que estejam de acordo com os critérios básicos de acesso junto ao Cadastro Único (CadÚnico).
Do contrário, assim como os beneficiários do auxílio emergencial, será preciso se inscrever do zero e aguardar pela análise no âmbito federal.
A proposta do governo quanto ao Auxílio Brasil não é apenas oferecer um “Bolsa Família novo e turbinado”, como também acabar com qualquer rastro do Partido dos Trabalhadores (PT) na atual gestão.
Por isso, o propositor, Jair Bolsonaro, junto à sua equipe técnica, se esforçou para criar um programa que pudesse aumentar tanto o número de beneficiários para cerca de 17 milhões, quanto o valor mensal da transferência de renda, que hoje é de R$ 192.
Se o texto for aprovado, os beneficiários passarão a receber 50% a mais do que a quantia original, ou seja, aproximadamente, R$ 400.
O Auxílio Brasil visa atender famílias caracterizadas na condição de pobreza e extrema pobreza mediante a inclusão de programas e benefícios secundários. São eles:
- Benefício Primeira Infância: pago às famílias com crianças entre zero e 36 meses incompletos;
- Benefício Composição Familiar: pago às famílias com jovens até 21 anos;
- Benefício de Superação da Extrema Pobreza: complemento financeiro para as famílias que recebem benefícios, mas que mesmo assim, a renda familiar per capita não supera a linha de pobreza extrema;
- Bolsa de Iniciação Científica Júnior: 12 parcelas mensais pagas a estudantes beneficiários do Auxílio Brasil com bom desempenho em competições acadêmicas e científicas;
- Auxílio Criança Cidadã: benefício pago aos chefes de família que consigam emprego e não encontram vagas em creches para deixar os filhos de 0 a 48 meses;
- Auxílio Inclusão Produtiva Rural: pago por até 36 meses aos agricultores familiares inscritos no Cadastro Único;
- Auxílio Inclusão Produtiva Urbana: para beneficiários do Auxílio Brasil que comprovem que têm emprego com carteira assinada;
- Benefício Compensatório de Transição: pago aos atuais beneficiários do Bolsa Família que perderem parte do valor recebido por conta das mudanças trazidas pelo novo programa;
- Auxílio Esporte Escolar: destinado a estudantes entre 12 e 17 anos que sejam membros de famílias beneficiárias e que se destacarem nos Jogos Escolares Brasileiros.
Por diversas vezes no decorrer dos últimos meses o Governo Federal mencionou a intenção de criar um aplicativo próprio para o Auxílio Brasil, o novo Bolsa Família. O objetivo é unificar todos os processos relacionados ao programa, desde a inscrição inicial, transferência de dados, análise do cadastro e muito mais.
Portanto, pode ser que este seja mais um meio de acesso ao novo programa social, mas que ainda assim deverá requerer a inscrição no Cadastro Único.