Nesta quinta-feira (19), o presidente-executivo da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que o banco venderá participações detidas por meio da Caixa Par. Com isso, a Caixa Participações será encerrada. A declaração foi feita com jornalistas a respeito dos resultados do segundo trimestre, via Reuters.
Sobre a Caixa Par, Pedro Guimarães a descreveu como “máquina de prejuízos”. Caso tenha algum investimento, ele será realizado pela própria Caixa Econômica Federal.
Nos últimos anos, o banco se desfez de negócios, como a corretagem de seguros, consórcio, capitalização, securitização e tecnologia — detidos por meio da Caixa Participações.
A Caixa também fez ajustes sobre os investimentos feitos entre os anos de 2009 e 2015 por meio do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), com administração pelo banco. Estes resultaram R$ 24,4 bilhões em perdas, excluindo ressalvas de auditores.
O presidente da Caixa também declarou que a instituição financeira busca devolver neste ano aproximadamente R$ 7 bilhões em empréstimos tomados com o Tesouro Nacional na última década por meio de instrumentos híbridos de capital e dívida (IHCD).
A Caixa Par
A Caixa Participações é uma subsidiária integral da Caixa. Ela atua nos negócios relativos a participações societárias de longo prazo. A Caixa Par é responsável por adquirir, alienar, gerir e realizar a governança cooperativa de tais participações.
Números da Caixa no segundo trimestre
Nesta quinta-feira (19), a Caixa revelou que atingiu o lucro líquido de R$ 6,3 bilhões no segundo trimestre deste ano. A quantia representa um aumento de 144,7% em relação ao mesmo período de 2020. Ao comparar este trimestre com o passado, a elevação foi de 36,6%.
O lucro registrado no segundo semestre foi o maior do período em toda a série histórica da Caixa.
Entre os motivos que ajudaram no resultado recente, o banco destacou o IPO da Caixa Seguridade com volume financeiro de R$ 5 bilhões. Além disso, a Caixa destacou a venda da participação total que tinha no Banco PAN, com lucro líquido de R$ 2 bilhões.
Pela primeira vez nos últimos 10 anos, os três balanços pelos quais a instituição é responsável foram publicados sem nenhuma ressalva. São estes: Caixa, FGTS e FI-FGTS.