A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou o pedido de uso da vacina CoronaVac para a faixa de 3 a 17 anos. Com isso, apenas a China, no mundo inteiro, realiza a vacinação em crianças a partir dos 3 anos.
A China está realizando a vacinação em crianças a partir dos 3 anos com o imunizante Coronavac da Sinovac. Segundo o país, a farmacêutica chinesa realizou um estudo que aponta a eficácia e segurança nessa faixa etária.
A vacinação tem como base os resultados obtidos na fase 2. Ainda não foram publicados os estudos de fase 3, considerados mais amplos e definitivos sobre a eficácia do imunizante. A China não informou o número de crianças que já receberam a dose.
No Brasil, a Anvisa negou na última quarta-feira (18) o pedido do Instituto Butantan para incluir o público na faixa de 3 a 17 anos na bula da vacina Coronavac. Diante disso, o Brasil não possui nenhum imunizante autorizado ara uso em pessoas com menos de 12 anos.
Atualmente, a menor faixa etária de vacinação são os adolescentes de 12 anos. Porém, esses estão recebendo a vacina Pfizer/ BioNTech. No Brasil, alguns municípios já iniciaram a vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos.
As autoridades de saúde defendem a importância de imunizar, primeiramente, todos os adultos. Os adolescentes e as crianças correm menos riscos de ter formas graves da Covid-19. Esses dois grupos correspondem a 0,5% do total de vítimas da pandemia.
Além disso, diante da variante delta e da escassez de vacinas a imunização dos menores é questionável. Até o momento, apenas 31,8% de toda a população mundial recebeu a 1ª dose da vacina contra a Covid-19. Desse quantitativo, apenas 23,9% concluíram a sequência vacinal, segundo a Our World In Data.
Em maio deste ano, a farmacêutica BioNTech informou que já há estudos e testes em andamento em crianças de 6 meses a 11 anos de idade. A Janssen tem autorização da Anvisa para o estudo clínico de sua vacina com menores de idade.
“O estudo da Janssen [no Brasil] envolve dois braços de pesquisa específicos, um com pessoas de 12 a 18 anos e outro com menores de 12 anos. O estudo está em andamento”, disse a Anvisa.