Brasileiros de baixa renda caem nas margens de extrema pobreza com cortes aplicados pelo governo. Ao longo das próximas semanas, o Ministério da Cidadania dará continuidade ao pagamento do auxílio emergencial. No entanto, com a redução na mensalidade e aumento no preço dos alimentos, muitos beneficiários ainda passarão fome.
Há mais de um ano o governo federal vem liberando as mensalidades do auxílio emergencial. Apesar da iniciativa parecer positiva, ainda vem sendo vista como insuficiente para parte significativa da população.
Após o corte de R$ 1.200 para R$ 375, os segurados de menor renda não conseguem manter suas despesas.
Porque o auxílio emergencial foi cortado?
O principal motivo no reajuste do auxílio se deu mediante as dificuldades do governo de fechar sua folha orçamentária. Quando ofertado em 2020, na primeira rodada, o benefício tinha um valor mínimo de R$ 600 e máximo de R$ 1.200.
Já atualmente, o pagamento varia entre R$ 150 e R$ 375, sendo claramente insuficiente para a manutenção das despesas domésticas. É válido ressaltar que os principais critérios de concessão do auxílio exigem que o cidadão não tenha outra fonte de renda declarada.
Isso significa dizer que o governo tem ciência de que o beneficiário que recebe apenas R$ 150 ou R$ 375 não poderá manter as contas em dia, ou garantir direitos básicos como alimentação e moradia.
Inflação no preço dos alimentos
Além da redução no valor do auxílio, o cidadão precisa ainda encarar o aumento no preço dos alimentos. Produtos básicos como feijão, arroz, carne, frutas, verduras e até mesmo ovos estão sendo comercializados muito acima da média dos preços.
Há ainda aumento no valor do botijão de gás, as contas de energia estão com bandeira vermelha ficando 50% mais caras e demais despesas.
De acordo com os relatórios do Dieese, atualmente o brasileiro precisa receber ao menos 4 vezes o atual salário mínimo (R$ 1.100) para manter uma família de quatro pessoas com todos os direitos básicos: alimentação, saúde, educação e moradia.
No entanto, a realidade é totalmente distinta e há milhares de cidadãos nas margens da pobreza e da extrema pobreza.