Na última sexta, 14, Sérgio Reis disse que estava organizando uma manifestação juntamente com o movimento dos caminhoneiros e dos agricultores a favor de Jair Bolsonaro. De acordo com caminhoneiros, a manifestação também era um protesto favorável à destituição dos ministros do do STF (Supremo Tribunal Federal) e do voto impresso.
Através de um vídeo divulgado em suas redes sociais, Sérgio Reis disse que a manifestação deve ser realizada nos três dias que antecedem o feriado do dia 7 de setembro.
“Vamos fazer um movimento clássico, sem agressões. Queremos dar um jeito de movimentar esse país e salvar o nosso povo. Estamos organizando talvez (entre os dias) 4 a 6 de setembro. Dia 7 de setembro não queremos fazer nada para não atrapalhar o desfile do nosso presidente, que é muito importante”, afirmou o cantor.
O foco da manifestação deve ser em Brasília, porém deve ser vista em outros estados do país. “Nós estamos nos preparando judicialmente para fazer uma coisa séria, para que o governo tome uma posição e o exército tome uma posição”, disse Sérgio.
Já em outro vídeo publicado, o cantor diz que a paralização durará 72 horas e que todos os demais transportes não poderão transitar.
O Brasil inteiro vai estar parado. Ninguém trafega, ninguém sai. Ônibus volta para trás com passageiros. Só vai passar polícia federal, ambulância, bombeiro e cargas perecíveis. Fora isso, ninguém anda no Brasil”, disse Reis.
Baixa adesão de caminhoneiros autônomos
A manifestação organizada por Reis não está sendo amplamente aderida pelos caminhoneiros autônomos.
“Nós não estamos nesse movimento, pois não existe pauta para a categoria. O que estão fazendo é politicagem e nada mais fora disso”, afirmou o presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas, Plínio Dias.
Em grupos de caminhoneiros em aplicativos de mensagens, a paralização já é discutida. Joelmes Correira, que faz parte do movimento GBN Pró-caminhoneiro, diz que a manifestação nada mais é que um apoio político e ideológico que foge das metas que a categoria reivindica.
“Muitas vezes eles acabam querendo usar do nome ou da força da categoria para viabilizar uma movimentação ou atrair a atenção do público. Isso é ruim, porque desgasta. Quando vamos atrás de movimentações para as reivindicações corretas da categoria, elas esbarram nessas movimentações políticas e nos descredibiliza”, afirmou.