Bolsonaro formaliza consolidação de seu novo projeto social. Mesmo diante do clima de instabilidade em seu governo, o presidente da república acaba de lançar o Auxílio Brasil. O programa funcionará no lugar do atual Bolsa Família e deverá ser implementado a partir de novembro, logo após o fim do auxílio emergencial.
A população de baixa renda pode finalmente receber a nova proposta social de Bolsonaro. Após quase um ano em debate, o presidente consolidou a implementação do Auxílio Brasil em cerimonia realizada na Câmara dos Deputados. O texto da proposta foi entregue ao chefe da casa, Arthur Lira (PP-AL) e será aprovado em breve.
Detalhes do Auxílio Brasil
De acordo com as informações concedidas pelo próprio Bolsonaro, o novo projeto passará a funcionar a partir do mês de novembro. O valor médio do Bolsa Família, atualmente de R$ 189, será reajustado para R$ 280.
Além disso, os beneficiários deverão contar com o aumento de suas rendas através da implementação de abonos extras. Até o momento o chefe de estado afirmou liberar pagamentos para jovens atletas, alunos com bom desempenho escolar e mães de crianças recém nascidas.
“Nós não podemos deixar desassistidos exatamente os mais vulneráveis. Então, já decidido por nós, uma proposta mínima de 50% para o Bolsa Família, que, agora, chama-se Auxílio Brasil”, afirmou Bolsonaro.
Questionado sobre o aumento de R$ 300, prometido por ele ao longo dos últimos meses, o gestor lamentou:
“Temos que ter responsabilidade. A economia não pode quebrar. Se quebrar a economia, não adianta você ganhar R$ 1 milhão por mês que não vai dar para comprar um pãozinho”.
Fim do auxílio emergencial marca novo cronograma
Além de lançar oficialmente o projeto, o presidente também marcou a data de encerramento do auxílio emergencial. Segundo ele, o programa funcionará até a segunda quinzena de outubro, não sendo novamente renovado.
Na sequência, a previsão é de que ao menos 16 milhões de famílias, incluindo aquelas que estavam na folha do auxílio emergencial, passem a ser contempladas com o novo projeto.
Além de conceder pagamentos mensais, o governo espera integrar esse público no mercado de trabalho.
“Estamos trabalhando com muita ênfase nesse tema para que, cada vez mais, o Estado brasileiro possa dar a resposta e alcance eficácia em cuidar daqueles que mais precisam. E, em especial, fazer com que essas pessoas alcancem o direito pleno à sua cidadania”, afirmou o ministro da cidadania, João Roma.