De acordo com o governador do Estado de São Paulo (SP), João Doria, os adolescentes com idade entre 12 a 17 anos serão incluídos na vacinação contra a Covid-19 a partir do dia 18 de agosto. Enquanto isso, a unidade federativa segue concentrada em concluir a meta de vacinar toda a população adulta com mais de 18 anos.
A data do dia 18 de agosto consiste na antecipação de cinco dias para o calendário original que daria início à vacinação dos adolescentes no dia 23 de agosto.
A autorização oficial da vacinação de adolescentes pelo Plano Nacional de Imunização aconteceu no final do mês de julho mediante acordo mútuo entre o Ministério da Saúde e os conselhos dos secretários estaduais e municipais de saúde, o Conass e o Conasems, respectivamente.
A princípio, terão prioridade no calendário de vacinação os adolescentes na faixa etária mencionada que possuem comorbidades, para somente então, ser liberada aos demais. No entanto, os estados e municípios têm autonomia para adequar o cronograma de vacinação de acordo com a demanda e disponibilidade locais.
Ao que tudo indica, este público será vacinado com as vacinas da Pfizer, única marca autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para atender a faixa etária de 12 a 17 anos.
Neste sentido, o Governo Federal tem reservado 20% das vacinas da Pfizer para a imunização dos adolescentes. A ampliação do percentual de distribuição de 10% para 20% foi necessária para conseguir atender este público, pois do contrário, as doses se esgotariam rapidamente e seria necessário suspender a imunização deste grupo.
Na oportunidade, João Doria ressaltou que a meta do Estado de São Paulo é vacinar todos os adolescentes com idade entre 12 a 17 anos até o dia 5 de setembro. “A prioridade será imunizar grávidas e adolescentes que possuam algum tipo de comorbidade ou deficiência”, explicou.
A coordenadora do Plano Estadual de Imunização (PEI), Regiane de Paula, explicou que esta ordem de prioridade visa amparar não apenas os mais frágeis e necessitados, como também as respectivas famílias, colegas de escola, entre outros que estão em contato direto com essas pessoas.
A iniciativa se mostra ainda mais importante em virtude da volta às aulas no Estado de São Paulo, ocasião que requer a vacinação não apenas dos professores e demais profissionais da educação, como também de todos os alunos.
Em menção ao repasse reduzido de doses das vacinas contra a Covid-19 na última semana, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo reforça a necessidade de o Governo Federal cumprir o compromisso de entregar a quantidade acordada. Segundo João Doria, o Ministério da Saúde deixou de repassar 228 mil doses da Pfizer.
Em resposta, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, explicou que o repasse inferior ao de costume aconteceu como uma forma de compensar as doses extras enviadas ao Estado em ocasiões anteriores.
Agora, o Queiroga debate sobre o tema junto ao Secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, após João Doria ameaçar judicializar o assunto.