As centrais sindicais estão convocando para o próximo dia 18, os servidores municiais, estaduais e federais para um greve geral contra a reforma administrativa proposta pelo governo federal e as privatizações de estatais. Saiba mais.
A greve e as mobilizações são organizadas por várias entidades, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), CSPB (Confederação dos Servidores Públicos do Brasil) e CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil).
A decisão pela greve aconteceu nas últimas quinta, 29, e sexta, 30, após assembleias. A categoria dos servidores deve se reunir novamente durante esta semana para combinar toda a greve. A paralisação será nacional, segundo as centrais.
Pedro Armengol, diretor da CUT e da Condsef (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), disse que a reforma administrativa não causará danos apenas aos servidores, mas também ao serviço público como um todo.
“A reforma administrativa é muito mais danosa à população do que aos próprios servidores. Na essência, a PEC 32 vai reduzir a capacidade do Estado em políticas públicas básicas como saúde, saneamento e educação. Tudo isso vai para o setor privado, que não vai prestar serviço gratuito. Só quem pode pagar vai ter acesso, e a maioria da população não tem dinheiro para pagar”, afirmou Armengol.
Privatizações
A greve também tem como objetivo protestar contra as privatizações propostas pelo governo federal. Em julho, foi aprovado o processo para privatização da Eletrobras, estatal do setor de energia. Os Correios também estão na mira de Paulo Guedes, ministro da Economia.
Existem outros temas em pauta como a ampliação do auxílio emergencial, o desemprego em alta no pais, a pequena oferta de vacinas no Brasil contra o coronavírus e o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“Se a gente quer emprego, renda, o fim das privatizações, quer derrotar a reforma administrativa; se a gente quer vacina já, se a gente quer viver decentemente, Bolsonaro tem que sair”, afirmou o presidente da CUT, Sérgio Nobre.